O Fluminense estreia na Copa Sul-Americana na noite desta terça-feira, no Maracanã, às 21h30, pela primeira fase da competição. Entretanto, os desafios do Tricolor nesta terça não estão restritos apenas ao campo. Fora dele, o clube terá que encarar o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ), que julgará a instituição, o presidente Pedro Abad, o volante Airton e o atacante Luciano.
O presidente do Fluminense foi considerado pelo procurador-geral do TJD, André Valentim, como único culpado pelo tumulto ocorrido nos arredores do Maracanã, na final da Taça Guanabara, contra o Vasco, em razão da entrevista convocando os torcedores para ‘guerra’.
O mandatário tricolor foi denunciado nos artigos 243-D (incitar publicamente o ódio ou a violência) e 258 (assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), cujas penas podem chegar a quase dois anos de suspensão.
O procurador-geral do TJD-RJ, André Valentim, acusa o Fluminense de buscar a justiça comum antes de esgotar as esferas esportivas, e pede a exclusão do clube do Campeonato Carioca. Porém, o presidente do órgão, Marcelo Jucá, considera hipótese “remotíssima” por se tratar de uma “questão contratual com reflexos desportivos diretos”.
Expulso por empurrar Andrey, do Vasco, aos 53 minutos do 2º tempo, Luciano será julgado por “praticar ato desleal ou hostil” e pode pegar até três partidas de suspensão. Por fim, Airton, que recebeu cartão vermelho após o apito final por ofensas ao árbitro, será julgado no artigo 243-F do CBJD por “ofender alguém em sua honra” e pode pegar até seis partidas de suspensão.