Já na madrugada de sábado para domingo, a decisão da Justiça em determinar portões fechados na final da Taça Guanabara entre Fluminense e Vasco pegou todos os torcedores de surpresa. O motivo se deu graças a briga entre os clubes pelo lado direito do Maracanã e o descumprimento do contrato do Tricolor com o Consórcio.

Segundo a desembargadora Lucia Helena do Passo, magistrada que determinou a final sem público, o contrato estabelece a necessidade de haver um acordo com o Fluminense sobre a utilização do Setor Sul pelo Vasco, algo que não aconteceu. Ela concluiu que “o contrato é omisso quanto à hipótese que se apresenta” e citou ainda que as “manifestações publicadas em redes sociais apontam risco iminente de confronto e violência entre as torcidas do Vasco da Gama e do Fluminense”.

 
 
 

Ainda de acordo com ela, a postura dos dirigentes “acirra o conflito posto e, agressivamente, incita a violência entre os torcedores”. Por conta disso, como uma medida de segurança aos torcedores e o risco iminente de conflito, a magistrada determinou o jogo com portões fechados neste domingo.

Confira o trecho do contrato entre Fluminense e Complexo Maracanã presente na decisão da desembargadora: 

“Nas Partidas Oficiais, contra quaisquer outros dos Principais Clubes do Rio de Janeiro, a torcida do FLUMINENSE acessará e se posicionará no setor Sul do Estádio (lado UERJ), em sua integralidade, através das entradas, acessos e rampas correspondentes e disponíveis para esse setor, salvo haja ordem expressa em sentido contrário por parte de: (i) Órgãos Públicos especificamente por questões de segurança; (ii) salvo acordo expresso entre o FLUMINENSE e a equipe visitante; e (iii) nos casos em que o FLUMINENSE for visitante, a CONCESSIONÁRIA poderá, para fins comerciais, mediar acordo entre o FLUMINENSE e o clube mandante, resguardados os direitos do FLUMINENSE previstos neste contrato”