Foram 18 dias de negociações até o Fluminense anunciar oficialmente nesta quinta-feira a contratação de Paulo Henrique Ganso. O jogador conseguiu a rescisão com o Sevilla (ESP) e ficou com o caminho livre para assinar em definitivo com o Tricolor por cinco anos. No acordo, o meia receberá acima do teto salarial de R$ 150 mil e o clube adquiriu 50% dos direitos econômicos.

O diretor executivo de futebol Paulo Angioni, o presidente Pedro Abad e o vice Fabiano Camargo foram os responsáveis pela negociação. O desejo de Ganso em defender o Fluminense, que se animou após conversar com Fernando Diniz, foi fundamental para o acerto. O anúncio demorou porque o Sevilla (ESP) desejava vender o jogador. Porém, não houve interessados.

 
 
 

A rescisão do contrato foi a maneira do clube espanhol se livrar de pagar o salário de um jogador que está fora dos planos e sem mercado na Europa. O estafe de Ganso aceitou reduzir o salário ao máximo para o acerto. A ideia era diluir o que receberia em pouco tempo no Sevilla (ESP) em um intervalo maior nas Laranjeiras. E as partes acertaram que, no primeiro ano, a remuneração será na casa de R$ 300 mil. A partir da segunda temporada, ela sobe para cerca de R$ 400 mil.

O crédito de R$ 1 milhão que tem a receber do Corinthians, referente ao desacerto com Moisés e Marquinhos Gabriel na operação de venda de Sornoza, ajudará o Fluminense a pagar os primeiros vencimentos de Ganso. Há a expectativa de que o programa Sócio Futebol tenha novas inscrições e a negociação com um patrocinador master seja concluída, o que aumentariam as receitas do clube.

O Fluminense não investiu e não cedeu percentual ou prioridade de compra de qualquer jogador. Com sinal positivo, o Tricolor enviou representantes a São Paulo para fazer exames médicos, assinar o contrato e gravar o material de divulgação com Ganso. Não está definida a data de apresentação do novo reforço, mas não deve passar da próxima semana.