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Diniz só quer que se jogue… futebol

Crys Bruno

Oi pessoal. Responda rapidamente: qual foi o último jogo do Fluminense em que dominamos o adversário, nosso goleiro não fez nem precisou fazer defesas milagrosas (até contra times inferiores no Carioca, Copa do Brasil, Sula e da Libertadores) e ainda marcamos quatro gols? Fernando Diniz é a coragem de reeditar o futebol antigo (técnica), o adequando ao robótico e chato “futebol moderno”. Centenas de ex- jogadores brasileiros que atuaram, principalmente, a partir do penta (2002), sofreram na pele nossa brutal queda de qualidade. Vemos 99% dos atletas que atuam no Brasil não saberem cumprir funções básicas em sua posição (passe vertical, chute, cabeceio, posicionamento, deslocamento). Sofrem torcedores, como eu, que amam o “futebol samba.” O mesmo que, por sorte ou natural movimento cíclico, ícones da Holanda e da Espanha começaram a reeditar: a predominância da técnica voltou. Em momentos e razões distintas, o cracaço Cruyff  (saudoso) e seu “pupilo”, Guardiola, encantaram montando times destemidos ofensivamente, técnicos e campeões. O Brasil seguia sua própria contra-mão: idolatrando Felipões e Muricys, a ponto de um Dunga comandar a Canarinho numa Copa do Mundo. O futebol “bonitinho” (adjetivou com desdém Edinho na transmissão dessa quinta) gera, sim, resultado. Isto foi provado “ontem” pelos Barcelona e a Seleção Espanhola e até com a técnica da atual vice-campeã do mundo, Croácia. Desprezando propositadamente nossa escola, talvez para que todo o staff de dirigentes, agentes, jogadores e patrocinadores ganhasse milhões com a exploração de imagem de jogadores comuns, mais fáceis de serem descobertos, preparados à base de levantamento de peso e fabricados à base de mídia. Século XXI e vivemos a idolatria pelos raçudos, “Xerifes Lúcios e Felipes Melos”, ridicularizando e abominando a hipótese de escalar juntos um trio: Alex, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo. Fernando Diniz não faz nada além de resgatar nossa escola, nosso futebol raiz. E eu o aplaudo de pé,  torcendo para que ele fique no meu Fluminense o tempo que Ferguson ficou no Manchester. Por agora, destacarei 4 pontos dessa proposta, postura, ideia e organização: – Posse e o tipo de passe com a bola. – Triângulos ou círculos na marcação por zona. – 2 atacantes seguram 4 defensores. – o jogador da cadência. Não adianta ter a posse de bola sem visar o gol, com meros e lentos toques entre volantes e zagueiros. Os jogadores jogam próximos, em bloco, cercando num triângulo ou fechando com 4 ou 5 a visão de passe do adversário. Com a bola, a mesma coisa, trabalhando com o objetivo de quem estiver com a posse ter um companheiro como opcão. Contra o Americano, Diniz aproximou Luciano e Yoni González, posicionados perto da área ofensiva para pressionar a saída de bola, o que faltou no 1° tempo na estreia, segurando assim a dupla de zaga, o lateral e o 1° volante atrás da linha do meio-campo. Por fim e, mais importante, é o jogador que pensa e dita o ritmo. É a cadência. Danielzinho, menos apavorado e mais entrosado com Luciano e Gonzalez por dentro (treinaram a pré-temporada toda assim), conseguiu encaixar seus passes. Foi muito bom ver o Danielzinho deslanchar. Tanto quanto importantíssimo ver que González, ao contrário dos 333 atacantes do elenco, gosta de marcar o gol. O camisa 20 tem tudo para amadurecer com atuações regulares, ainda mais se Ganso conseguir vir (falta pouco). A chegada de Ganso tirará o peso do mundo sobre Daniel que, além de Caio Henrique, pode fazer o segundo volante. Preocupante mesmo continua sendo o futebol muito mediano do Ezequiel e a total falta de presença do bom (para reserva) arqueiro Rodolfo. Obrigada, Diniz! E que chegue domingo! É Maraca! Às 17h! “Vamos pra cima, Fluzão”. Fraternalmente, ST. Imagem: Lucas Merçon/Fluminense F.C.

Bacharel em Direito com Especialização em Gestão Profissional no Futebol pelo Centro Universitário Internacional. Escrevo sobre futebol desde 2009 quando comecei no Jornal da Cidade, Niterói. Com passagens pelo FEA, Flu&Etc e Panorama Tricolor, desarmo melhor que o Richard, cruzo melhor que o Leo, marco melhor que o Airton , lanço melhor que o Jádson, finalizo melhor que o Marcos Jr, corro mais que o Gum e jogo mais que o Pedro. Ops, "esta" foi mentira. Rs.

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