Segundo Caio Blois, que foi setorista do Fluminense pelo portal Globoesporte e já passou por veículos como ESPN e Estadão, durante seu período de existência, o Flu Samorin custou mais de R$ 10 milhões aos cofres do Fluminense, que nunca atrasou salários. Em contrapartida, o projeto não rendeu nenhum reforço de peso ao clube, que somou derrotas na Justiça por falta de pagamentos e perdeu jogadores como o meia Gustavo Scarpa por conta disso.
Ainda de acordo com o jornalista, muitos dirigentes que passaram pelo Fluminense não concordavam com o projeto, tendo sido esse o motivo principal, dentre outros menores, para um vice-presidente pedir exoneração de seu cargo. Durante a parceria de quase quatro anos, quando o Samorin “balançou”, o gestor do clube na Eslováquia disse ter conseguido metade do valor necessário em uma semana para manter o projeto de pé. No entanto, não havia nenhuma prova, proposta formal ou um documento que comprovasse um “parceiro europeu”.
Ele ainda ressaltou que, durante sua gestão, o presidente Pedro Abad teve argumentos de sobra para tirar Marcelo Teixeira, dirigente responsável pelo projeto, do clube, mas nunca o fez. Em uma ocasião, 12 VPs pediram a saída de Teixeira, mas o mandatário bancou sua permanência e colocou o dirigente em Xerém, que mesmo assim ainda seguiu participando ativamente do futebol profissional.
Por conta disso, na opinião de Caio Blois, o desgaste político do atual presidente acabou se acentuando. Por ser em um país de pouca tradição no futebol (Eslováquia) e distante dos grandes centros europeus, o Flu Samorin se tornou uma “furada” para o Tricolor, e com a gestão de Pedro Abad chegando ao fim, ambos (o presidente e Marcelo Teixeira) morrerão abraçados.