Em 2018, a gestão de Pedro Abad sofreu com a debandada de cinco vices que renunciaram aos seus cargos no Fluminense. Cacá Cardoso (vice-presidente geral), Diogo Bueno (vice de finanças), Idel Halfen (vice de marketing, publicidade e relações externos), Michel Pachá (vice de interesses legais) e Sandor Hagen (vice de governança), que fazem parte da coalizão “Fluminense Unido e Forte”, renunciaram por divergências políticas. Em entrevista ao portal UOL Esportes, o mandatário do Flu abriu o jogo e afirmou não ter mágoa.
– Ser vidraça em um clube com problemas é muito duro, tem de ter resiliência para aguentar. Eu nunca vi na arquibancada alguém xingar grupo político, mas vi no Flu pela primeira vez. O poder cega as pessoas, você tem de entender que quando senta aqui, você é momentaneamente detentor do poder, você não é o poder, você detém momentaneamente o poder. As pessoas tiveram dificuldade em aceitar que a gente tinha o poder. Não diria mágoa. O que é, é. As pessoas são o que são – disse Abad.
– O Fluminense precisa ser tocado. As pessoas quiseram sair, vida que segue. Quando estávamos discutindo o caso do Gustavo Scarpa, o relator do processo, tentando mostrar que havia gestão temerária, leu a carta de renúncia dos VP’s, que não era pública. Quem levou essa carta a ele? Eu não fui. A caravana tem de passar enquanto os cães ficam ladrando. Na verdade são só cães que estão atrás de uma grade e daqui a pouco voltam para o limbo. Infelizmente, é um momento ruim da política do clube – finalizou.