Oi, pessoal!
Superamos 2018, sobrevivendo à Flusócio mesmo sob ajuda de aparelhos.
Causa arrepios lembrar que bastasse entrar um dos três pênaltis perdidos pelo adversário (Botafogo, Atlético-MG ou América-MG), para que estivéssemos na segunda divisão. Um castigo que a torcida do Fluminense não merece.
Ainda assim, é bom que paremos, como tricolores, para repensar nossa atitude ou a ausência dela.
Ninguém fica no comando de um clube de futebol quase uma década sem a conivência da torcida. Ainda mais pessoas cínicas, mentirosas e que não sabem diferenciar um volante de um meia atacante (nem se deram ao trabalho de aprender). Nós colaboramos para isso.
Permissivos, os flusócios entregaram o futebol nas mãos de terceiros como Fernando Simone a Paulo Autuori, ouvindo as sentenças daquele que o atual presidente chamou de “gênio do futebol”, Marcelo Teixeira.
Arrogantes, agravado pelo desconhecimento sobre futebol, transformaram a insegurança em reações agressivas contra sua própria torcida. Como esquecer o twitter oficial do clube mandando o tricolor sair do sofá com a cara de choro de um meme famoso?
Trambiqueiros, associaram-se a agentes de jogador para venderem, por migalhas, as revelações da base. Base que se tornou a fonte de propinoduto de uma gestão que ganha mas não paga.
Donos do clubes, sim. Eles se apossaram do Fluminense, o diminuindo ao tamanho de um micróbio tão pequeno que chegamos a ponto de jogadores e técnicos medianos ou medíocres preferirem trabalhar no Botafogo, no nordeste, no Irã a no clube mais importante da história do futebol do Rio.
Nós, como torcida, temos 100% de culpa. Nós fomos permissivos, aceitando a minimização goela abaixo.
Fora de campo, aceitando a falência financeira quando essa era moral, até chegar a ponto do clube não ter crédito nem com agiota de quinta categoria, não conseguindo pagar em dia nem os funcionários da limpeza.
Dentro de campo, coniventes com uma postura de jogo covarde, por achar que o elenco do Fluminense sempre era o pior de todos, quando sempre esteve na média de 15 dos 20 clubes da Série A.
Com isso, vimos Botafogo, Vasco, Chapecoense, com elencos iguais ou inferiores, disputando Libertadores e a gente se lambuzando com Sul-Americana e a permanência na elite.
Chega também disso! Chega de assinar recibo. Se essa gente bandida, essa quadrilha se apossou do Fluminense, somos responsáveis também.
A mentalidade de time grande que tem Fernando Diniz (amei a sua chegada!) que, com “um Audax” não temia jogar contra “os grandes de SP”, mais a expectativa das eleições antecipadas que podem tirar do poder maior o grupo dos Esportes Olímpicos (que desde 1987 destrói o futebol do Fluminense) trazem a esperança de uma virada de mentalidade e postura.
Para que isso aconteça, no entanto, esse retorno a nossa essência (que nunca precisou formar elencos com jogadores de seleção para conquistar 95% dos nossos fantásticos títulos, pois tinha postura e mentalidade de um gigante e, não, de pigmeu) deve recomeçar entre nós, tricolores.
Caso contrário, não adiantará ninguém eleito se, como torcida, permitirmos esse apequenamento, deixando os dirigentes se locupletarem em negociatas, onde se vendem “Pedros” e se contratam “Kaykes”.
Torcida do Fluminense: é cobrar sempre. Para que possamos apoiar o certo e não o que indignifica nosso amor e a força metafísica, mítica, rodriguiana do nosso clube.
“O Fluminense somos nós”. Só nós.
A todos, um 2019 repleto de paz e alegrias.