Após uma noite tensa nas Laranjeiras, Pedro Abad convocou uma entrevista coletiva para falar sobre os principais assuntos ligados à reunião da votação do impeachment nesta quinta-feira, que acabou não ocorrendo por falta de quórum, e sobre sua decisão de convocar uma assembleia para tentar antecipar as eleições de 2019 no Fluminense. O mandatário reforçou que sua decisão não foi movida por medo, apesar das ameaças e dos protestos.
– No final do jogo contra o América-MG, me perguntaram se eu estava em condições de comandar o clube. Repito: tenho total condição de comandar o clube. Existem erros, mas sei para onde o clube pode caminhar. Tenho dois projetos importantes sendo tocados. Do novo estádio e de reestruturação do passivo. Eles vão continuar sendo tocados, vou apresentá-los ao novo presidente. Ainda que eu me considere em condições, entendo que o Fluminense precisa de paz. As reuniões precisam ser pacíficas. O torcedor precisa ter alegria de ir ao estádio. Minha decisão não é relacionado à minha capacidade de comandar o clube. As pessoas me imploraram para não fazer isso. Mas meu propósito é firme. Não é por medo. Sou xingado nos jogos, nas ruas. Mas minha família sempre entendeu. Não arrego para bandido, para criminoso. Agora nós temos que passar uma régua nisso e ter um novo presidente para a instituição seguir mais firme, mais forte – afirmou ele.