Nos últimos anos foi cada vez mais salientada a importância de saber uma segunda língua para ter maiores chances de sucesso profissional. Entretanto, isso ainda está longe de ser uma realidade no Brasil, por diversos fatores. Porém, se tempo e dinheiro pode ser um limitador para muitos, para os jogadores e treinadores de futebol não deveria ser.

Mas é. Temos diversos casos recentes da boleirada derrapando no idioma de Shakespeare. Não adianta falar que só é necessário dominar o vocabulário da bola e que se fala “com o pé”. Se o inglês Charles Miller trouxe uma bola e conseguiu fazer o esporte que ele gostava se tornar uma religião no Brasil, tudo é possível.

 
 
 

Tudo bem, o inglês com certeza pode ser um desafio, mas até “preguiça” já foi colocado como argumento. Pô Kennedy, você é Fluminense, para com essa de preguiça e faz bonito na Terra da Rainha.

Vamos citar mais alguns exemplos aqui do inglês sendo traiçoeiro com nosso pé de obra internacional.

Joel Santana no comando da África do Sul

Este é o exemplo clássico. Joel Santana assumiu o comando da África do Sul e em uma entrevista na Copa das Confederações de 2009 foi chamado para dar sua opinião sobre a atuação dos mandantes da Copa do Mundo no ano seguinte.

O mais engraçado de toda a situação é que Papai Joel tinha como principal atributo ser um paizão dos jogadores e motivador. Imagina ele falando deste jeito para os jogadores da África do Sul e estes sem nem saber que vai entrar em campo. Clássico demais esse vídeo.

Anderson no Manchester United

O vídeo de uma entrevista de Anderson logo depois de chegar no Manchester United é até injusto, já que ele estava na Terra da Rainha há pouco tempo. Porém, anos depois, era notório que ele não tinha evoluído nesse quesito e nem procurava. Um ex-companheiro dele de equipe apontou isso e o escolheu como o menos inteligente com quem atuou.

Aqui vale destacar que aprender inglês não é uma questão de inteligência no sentido que não é preciso ser um gênio ou mestre para ter domínio do idioma. A questão é de esforço e força de vontade, já que não é difícil, mas pode ser desafiador. E com a ajuda da tecnologia, dá para aprender inglês em qualquer lugar, a qualquer hora. Até na hidromassagem ou banho gelado depois do treino.

Felipão no Chelsea

Com a conquista da Copa do Mundo de 2002 e o excelente trabalho na seleção portuguesa, era especulado que Felipão conseguiria logo um clube de ponta para trabalhar e foi o Chelsea que deu essa oportunidade.

Bom, não estamos aqui para falar tanto do desempenho, que não foi bom e fez a passagem não durar uma temporada completa. No inglês, Felipão sabia arranhar, mas aqui novamente estamos falando de um treinador que tem como principal forte se relacionar de forma paternal com os atletas. Sem essa comunicação, a passagem do treinador com certeza foi muito mais difícil do que deveria. O meio-campista alemão Michael Ballack admitiu que o idioma era uma barreira para Felipão passar o que sabia.

Exemplo bom: Fernandinho do Manchester City

Não vamos falar só de coisa ruim também. Um exemplo bom para citar é Fernandinho, jogador do Manchester City. Ele chegou no time já com 28 anos e em suas primeiras entrevistas era notória a timidez e complicação para falar o inglês. Cinco anos depois, firmado na equipe, dá para notar o esforço que ele colocou para aprender o idioma e isso é valorizado até nos comentários do vídeo, onde os torcedores pedem para ele ser capitão do time.

Não importa a idade, se você se considera muito inteligente ou não e sim o esforço colocado nessa tarefa.