Na última semana, logo após a eliminação na semifinal da Sul-Americana para o Atlético-PR, um grupo de cerca de 30 torcedores invadiu o CT Pedro Antônio para cobrar os jogadores do Fluminense antes da partida decisiva contra o América-MG. Nesta terça-feira, um dos heróis do jogo e da permanência do clube na Série A do Brasileirão, relembrou o episódio e contou detalhes sobre a conversa que teve com os torcedores.
– Estes torcedores são apaixonados pelo clube. Vivem o clube no dia-a-dia, muitos têm tatuagem do clube, e têm o clube como o ápice da vida deles. É totalmente compreensível. Nós sabemos a paixão do torcedor, nós sabemos a dimensão do Fluminense, e naquele momento nós compreendemos a aflição deles. Foi mais por aflição, eles estavam aflitos com o que poderia acontecer. Depois do sofrimento que tiveram em 2013, principalmente, eles estavam aflitos. Se notava isso neles. Um que conversou comigo estava chorando e falou: “Po, Júlio, nos ajuda, a gente não quer cair”, e por isso que eu falo da aflição. Foi compreensível ver nos olhos deles. E assim como nós também. A gente sabia da responsabilidade porque uma Série B mancha todo mundo, mancha nossa carreira, mancha o clube, de todas as formas possíveis, seja na paixão, na parte financeira, seja na exposição da marca Fluminense, do nome dos jogadores… Foi uma conversa, até certo ponto com cobrança, porque como o futebol é paixão existe cobrança, o torcedor quer o melhor resultado para o clube e isso é completamente normal e compreensível também. E nós entendemos isso e procuramos conversar e acalmá-los – contou ele.