Resultados pífios, sem dinheiro em caixa e sede social abandonada. O Fluminense virou sinônimo não só de desorganização, mas de má administração a olhos vistos. Sem fazer gols há seis partidas no Brasileirão e, ainda, com quase três meses de salários atrasados e seis meses de débitos de direito de imagem, a instituição respira por aparelhos. Tal cenário deve gerar um dos maiores protestos recentes nas Laranjeiras, no dia 29 de novembro, quando há uma reunião do Conselho Deliberativo marcada.
O encontro ocorrerá um dia depois da partida contra o Atlético-PR, válida pela semifinal da Copa Sul-Americana, no Maracanã. Derrotado por 2 a 0 no jogo da ida, o Tricolor precisa repetir o placar, se quiser levar o duelo para os pênaltis, ou vencer por três ou mais gols de diferença para avançar à decisão. Em caso de eliminação, a veemência do protesto pode ser ainda maior. Mesmo na possibilidade de ida à final do torneio continental, cogita-se manter a manifestação.
A ideia de fazer a cobrança nas Laranjeiras é pela proximidade com conselheiros e dirigentes do clube que, por ventura, compareçam ao Salão Nobre. O presidente do Conselho Deliberativo do Fluminense, Fernando Leite, convocou a reunião ordinária, tendo como pauta a apresentação do planejamento do futebol do clube para 2019. Além disso, será feita no mesmo dia a eleição para primeiro secretário, cargo que está vago após o falecimento de Heleno Sotelino.
Em paralelo, o pedido de impeachment do presidente do Fluminense, Pedro Abad, considerado procedente pela Comissão na última reunião para Assuntos Disciplinares, ainda não tem uma data para ser apreciado pelo Conselho. Logo, ainda não há uma previsão de desfecho para o caso, que ganhará novos capítulos em breve.