Oi pessoal!
Nos próximos três jogos (Flamengo, Atlético-MG e Nacional), o Fluminense poderá sair da zona da mesmice com a cara lavada de um Flusócio e alçar um voo incrível.
Sim, “a necessidade faz o sapo voar”. Nossos sapos têm sido nobres príncipes em campo, no entanto, isso pode nos garantir, somente, a permanência na Série A.
Entra ano, sai ano, tem sido assim: sofrido como um gelo; morno como um sono.
Um Fluminense fora da vitrine, inexpressivo, comum. Um Fluminense sem ser atração não é um Fluminense.
Por estar em aula, não acompanhei a goleada sobre o Paraná, mas assisti ao videotape do jogo e li comentários.
Todos elogiando a “solidez defensiva com força ofensiva” do 3-5-2. Marcelo Oliveira bradou em números o “sucesso” dessa escalação.
Sobre números que não mostram que essas vitórias foram contra times bem inferiores e que não nos incomodaram, Defensor (URU), Deportivo Cuenca (EQU) e Paraná, mas ainda assim, demos chances de gols.
O futebol e Fluminense são repetitivos. As mesmas perguntas. As mesmas respostas. As mesmas explicações e bases sobre resultados.
Os engenheiros de obras prontas inundam nosso futebol que já não é mais brasileiro.
O 3-5-2 do Abel e Marcelo Oliveira é uma bengala de areia. Vai desmoronar, pois nos coloca como um time muito desequilibrado.
Você faz retranca com 4-2-2, 4-3-3. Um 3-5-2 pode ser mais ofensivo. Mas o nosso não é.
Ah, “esses números, pobres números”. Futebol é mais ciência humana do que exata. Não se consegue desempenho e resultados regulares com jogadores com as características dos nossos.
Embora o 3-5-2 do atual técnico seja mais agressivo do que o do Abelão, sem ficar postado entre o goleiro e a intermidária defensiva; não é uma escalação segura, sólida, nada disso.
Primeiro porque não é número tático. Segundo porque os números, no futebol, omitem aspectos fundamentais e diferenciais.
Exemplo: Richard tem “99%” de passes certos pelos números. Erra quase todos porque como 1° volante tem que sair em vertical e seus passes são quase todos para o lado ou para os zagueiros.
É “o passe seguro” para quem não tem recurso e Richard abusa dele. Para um programa ou jogo de computador, Richard é um Falcão. No futebol real, é um Diguinho 20 centímetros mais alto.
É muito jogador defensivo num time só. E depender deles para atacar é blefar pesado.
Ao atacar, quantas o Ayrton Lucas erra para acertar uma?
Ao atacar, quantas o Jadson acerta? E o Léo? Cruza quantas bolas erradas para acertar uma?
Por isso eles são laterais, volantes, zagueiros.
Um atacante de origem pode ser pior tecnicamente, como Marcos Jr, mas quando você enche um time de jogador defensivo, você sofre em jogos em casa quando precisa propor o jogo.
“A bola pune”, nos punindo como torcedor. Mas num FlaxFlu, não. Num FlaxFlu, é vencer até se Marcelo Oliveira escalar 700 zagueiros! Há. Que esse blefe louco vença o FlaxFlu!
Queime minha língua, mas prefiro não inventar as invenções. Chegamos num ponto de retranca e defensivismo tamanho que o torcedor nem pensa mais em dois meias.
Sornoza seria outro jogador com Danielzinho, que dividiria a sobrecarga de toda a criação de jogo. “Deus me livre jogar sem Ibañez ou Richard para escalar o Daniel!”
Essas análises me matam tanto quanto matam o futebol brasileiro!
O Fluminense se minimiza a cada ano. Está praticamente um micróbio. E, mentalmente, nossa torcida acompanha o processo, conformada.
É resultado da administração da facção de amigos. Sem graça, como um Flusócio, o Fluminense sobrevive, ainda que sob o fantasma torturador do rebaixamento que quase nos derrubou em 2013, com Unimed e tudo!
Abaixem as cortinas!
Que cheguem os 47 pontos!
Que chegue 2019!
CONTAGEM REGRESSIVA para o fim da gestão Flusócio: 1 ano e 78 dias.
Fraternalmente, ST.