Oi pessoal!

 
 
 

Meu Deus do Céu, eu estou cansada de dar murro em ponta de faca. Volto a jogar a toalha. É inacreditável e horripilante o que a ciência exata fez na cabeça de “bumbum de neném” dos nossos treinadores.

Semana passada, levantei a hipótese de vermos o Marcelo Oliveira conseguir entrar para a história do Fluminense, mesmo com os pés no chão, descolando do processo de minimização do clube feito pela Flusócio nesse processo de eutanásia.

Engano meu. Marcelo Oliveira é mediano e inseguro. A escalação dessa praga de três zagueiros (já explico) numa partida em casa – onde atuará mais no Brasileiro – foi a prova cabal disso. A sua coletiva, pré e pós jogo, foi para infartar até o mais saudável e zen tricolor.

Em campo, explicou que a escolha pelos três zagueiros (com 2 volantes), deixava o time mais “consistente” e que Ibañez poderia atuar de volante (3 volantes), “variando” o esquema.

Ninguém é obrigado a entender sobre variações táticas nem o porquê de eu ser contra os 3 zagueiros, mas a característica mais defensiva de sete entre dez titulares.

Não, Ayrton Lucas e Léo não são atacantes. O primeiro é útil e nos ajuda se tiver um corredor para arrancar. Contra times postados para o contra-ataque – que serão mais comuns no Brasileiro – Ayrton  Lucas não rende nem resolve, pois é obrigado ao drible curto e ao um-dois.

Justificar os 3 zagueiros para liberá-los em jogo que o Fluminense enfrentará retrancas e deverá propor o jogo é uma facada no meu peito desferida por esse treinador medíocre e inseguro.

Ninguém é obrigado a perceber que um time equilibrado, minimamente, faz o feijão com arroz: 1 goleiro; dois laterais; dois zagueiros; 1 volante protetor da zaga; 1 marcador que sabe apoiar; 1 armador; meia ofensivo; 2 ou 3 atacantes.

Uma vergonha foi “se borrar todo” para o time misto do Grêmio, jogando no Rio ou na China. Ficou uma hora atuando feito um micróbio no primeiro tempo e até os 15 minutos da segunda etapa. Sem conseguir nenhuma chance de gol e sequer um escanteiozinho!

Quando tentou reequilibrar o número de defensores com jogadores ofensivos,  tirando um zagueiro, logo depois sacou o Sornoza para pôr Kayke! Gente, é muito deboche ou sacanagem (perdoe-me a expressão esdrúxula).

O único jogador de qualidade técnica e lucidez, dentre todos do elenco do meio e ataque, sai quando finalmente o time vai passar essa bola pelo seu pé, ao invés de alongar previsivelmente com Richard e Dodi “armando” para os laterais darem o último passe (mais difícil e importante do futebol) para o mesmo Sornoza e Luciano decidirem.

O esquema com 3 zagueiros abre um buraco, um vazio total no meio-campo, setor que é o coração, pulmão e cérebro de todo time.

Para usá-lo, sem prejuízo, um ou dois dos seus zagueiros mais o 1° volante precisam ter bola, saber lançar e passar na vertical. O senhor Oliveira me tira de campo o jogador mais lúcido do elenco e deixa Richard, Dodi, Ibañez, coloca Mateus Norton e Kayke, gente?! Não ganha nem do “Badú Futebol de Várzea”, que é melhor que Defensor (URU) e Cuenca (EQU), hein?!

Se insistir em encher o time do pior do elenco, que limitado tecnicamente, não ganha nem do Guerreirinhos sub-7. Ao menos, senhor químico e matemático Oliveira, com 3 zagueiros, use jogadores mais ofensivos no espaço de decisão no ataque.

A Inglaterra de 66 usou esse esquema, 3-5-2, para muitos, sendo copiada por entusiastas como Rubens Mineli e Arrigo Sachi, mas os ingleses jogavam com 5 defensivos e 5 jogadores mais ofensivos que ajudavam na marcação, alta ou baixa.

Inglaterra de 66, jogadores defensivos: Cohen, Jack Charlton, Bobby Moore, Wilson e Stiles. Mais ofensivos: Ball e Peters pelas pontas, Bobby Charlton (o 10) e dois atacantes: Hurst (que saía mais) e Hunt (o finalizador).

Eu estou cansada, enojada, indignada com essa diretoria e esses técnicos que quando treinam o Fluminense se acham químicos do futebol, fazendo experimentos com base em equações científicas!

Não fazem isso num Palmeiras e Cruzeiro porque sabem que a torcida não tolera e não duram três jogos! Vê lá o Jair Ventura, escorraçado do Santos porque atuou com postura defensiva. No Corinthians, como teve que mudar!

No Fluminense da Flusócio Piscina Tênis Clube, não. Nesse clube de mentirosos, incompetentes, fraudulentos, o treinador passa a se achar maior do que o clube e ainda “o salvador”!

Para isso, senhor Marcelo Oliveira, também prefiro escolher aumentar a estatura: sai o senhor, baixinho demais para o futebol moderno “de hoje”, no qual um Richard, que não sabe dar um passe vertical, chega a vestir a camisa de um Fluminense porque tem 1.91m… e volta o Abelão, dessa estatura, já que o senhor está fazendo exatamente o que ele fazia, sem acrescentar nada ao Fluminense.

Eu até aceitaria 4-4-2 com Jadson e Ayrton Lucas abertos, Richard e Sornoza na segunda linha de quatro, Everaldo e Luciano na frente, saindo Dodi e entrando o Marlon, mas três zagueiros jamais.

Os três zagueiros com Richard e Dodi não só tiram o Fluminense de qualquer sonho na conquista da Sul-Americana – aposto com quem quiser! – como agravará nosso sofrimento para alcançarmos os pontos necessários para a permanência na Série A.

Enquanto esse sistema não for banido do time titular, como dizem que foi nas divisões de base, não irei gastar cerca de 200 reais para ir ao Estádio sofrer essa agressão moral em ver meu Fluminense minimizado.

Embora, pelo Fluminense, continuo consumindo o que der e vier, mesmo me sentido como torcedora tratada como um hospedeiro que alimenta parasitas dessa gestão fedorenta!

CONTAGEM  REGRESSIVA para o fim da gestão Abad-Flusócio:

faltam 454 dias ou 1 ano, 2 meses e 29 dias.

Orando para que o Fluminense Football Club resista ao processo de eutanásia da “Flusócio Piscina Tênis Clube”!

Que assim seja!

Fraternalmente, ST.

Imagem: Mailson Santana/Fluminense F.C.