Diferentemente do que costumava ocorrer na gestão do presidente Peter Siemsen, o Conselho Fiscal do Fluminense fora acionado pelo mandatário Pedro Abad, que comandava a pasta na administração passada. Ciente dos desafios financeiros enfrentados diariamente pelo Tricolor, o principal cartola do clube apresentou as justificativas pelo empréstimo de cerca de R$ 50 milhões junto ao Fundo de Investimento de Direitos Creditórios (FIDC) para o conselho e teve a anuência do mesmo.
À beira do abismo financeiro, o Fluminense precisa se reinventar para ajustar as finanças. Como o NETFLU destacou em matéria publicada na última quarta-feira, a instituição antecipou parte das cotas de TV de 2019 para serem utilizadas como uma espécie de garantia, no intuito de o Tricolor conseguir a liberação de cerca de R$ 50 milhões, via FDIC. Este montante, vale lembrar, não seria o suficiente para fechar o ano no azul.
Dentro do clube, porém, entendem que a ideia, lançada pelo ex-vice de finanças, Diogo Bueno, precisa ser posta em prática urgentemente, visando a manutenção mínima do clube. Em outras palavras, o Fluminense faria uma antecipação de recebíveis e esse fundo passaria a ser dono do valor que o clube teria direito no futuro, somando ainda as taxas da transação.
É importante frisar que a a tendência é que o Flu resolva a questão do valor milionário até o final da próxima semana, embora não exista um prazo previamente definido. Esse dinheiro, porém, não seria para pagar salários atrasados. O valor é para quitar, especialmente, impostos em atraso, comissões devidas a empresários e parte das rescisões a oito jogadores do grupo de liberados ao final do ano passado, o que facilitaria na reconquista das Certidões Negativas de Débitos (CNDs). Isso reabriria oportunidade de negócios com estatais como a Caixa Econômica Federal.