A reunião do Conselho Deliberativo, que sequer chegou a acontecer de fato, na última terça-feira, segue sendo alvo de críticas. As ausências dos convocados Fernando Simone (CEO), Alexandre Romano (responsável pela parte social do clube) e Lawrence Magrath (diretor de marketing) deixou muita gente irritada. O PróFlu, grupo formado por ex-Flusócios, fez um post criticando o não comparecimento dos funcionários.
Confira:
“Seguindo fielmente aos trâmites estatutários, 31 conselheiros, dentre os quais 4 do PRÓFLU, requereram a presença dos executivos Marcos Vinícius Freire, Rogério Romano, Lawrence Magrath e Fernando Simone ao Conselho Deliberativo do Fluminense Football Club (CDel). Como motivação, prestar esclarecimentos diversos sobre ações passadas e futuras, bem como responder a questionamentos dos membros da Casa. Também conforme o estatuto, marcou-se para ontem reunião extraordinária para tratar tais temas. Cabe salientar que o CDel pode requisitar funcionários do Clube, mas não convocá-los. No entanto, no caso dos mesmos não comparecerem, cabe ao Presidente do Clube fazê-lo. Roteiro pronto para mais um papelão.
Com a premissa de poder enviar representante, o que é válido, o tesoureiro do Clube, Sr. Cláudio Barçante Pires, fez-se presente no lugar do Presidente Pedro Abad. Nenhum dos profissionais requisitados compareceu, o que foi justificado como uma medida preventiva contra possíveis ações futuras contra o FFC por assédio moral, dado o risco (?!) dos executivos sentirem-se em algum momento agredidos por algum conselheiro mais exaltado. Ou seja, não foram por orientação expressa do Conselho Diretor com base num argumento risível e tosco. Cdir que, diga-se de passagem, está desfalcado em importantes vice-presidências.
Na tentativa de não se perder a reunião, o Presidente da Mesa quis saber se o tesoureiro, uma vez investido na posição de representante, estaria apto a responder às indagações dos conselheiros. Ao afirmar que diria “não sei” sempre que fosse o caso, a indignação que já era grande tomou conta dos conselheiros presentes que, mais que nunca, sentiram-se insultados com o pouco caso da gestão frente ao mais importante segmento legislativo de nossa Instituição. Observe-se que, de forma orquestrada ou não, um número pífio de conselheiros da base de apoio fizeram-se presentes.
Menos mal que tal estratégia parece ter surtido efeito apenas protelatório, pois a reunião de ontem está em caráter de suspensão. A próxima, segundo o Presidente da Mesa, virá com termos que minimizem ou mesmo impeçam o risco de se repetirem episódios como os de ontem. O PRÓFLU, que se fez presente em número significativo de conselheiros e sempre pregará transparência na condução do clube, lamenta e repudia o caminho escolhido pelo atual comando do Clube, qual seja, o de utilizar-se de chicanas e, assim, fugir do debate e de esclarecimentos pedidos pelo Conselho Deliberativo, o que aliás é a missão precípua de qualquer casa legislativa.”