Responsável por coordenar as atividades relacionadas à publicidade e o marketing do Fluminense, em todas as suas áreas, inclusive o futebol, Idel Halfen renunciou ao seu cargo, junto com outros quatro vice-presidentes, no último mês, como o NETFLU publicou em primeira mão. Ele reapareceu em postagem feita no site “Observatório do Fluminense”, onde disparou contra críticas da Flusócio a respeito daquilo que o seu departamento entregou desde o início da gestão Pedro Abad.

– Nós fizemos um post sobre entrega e a Flusócio questionou, mas totalmente fora de contexto. Então, essa resposta foi para pontuar a veracidade das coisas. Não gosto de mentira. Eu admito no texto que eles estão corretos, mas estou apontando onde exagero, não terceirizo a culpa em nenhum momento – disse ao site número 1 da torcida tricolor.

 
 
 

Ex-Flusócio, Idel ocupou o cargo por quatro anos na gestão Peter Siemsen, entre idas e vindas. Bastante criticado por conta do resultado prático do marketing, chegou a ser contratado por cerca de dois meses pelo clube para assumir a diretoria do setor. Em seguida, deixou o cargo e só voltou para o Tricolor após a vitória de Abad nas últimas eleições. Virou “VP” na cota do grupo Flu 2050, que pertence ao FUF (Fluminense Unido e Forte).

Confira, na íntegra, a resposta de Idel à Flusócio, publicada no “Observatório do Fluminense”: 

“Inicialmente devo esclarecer que, apesar de pertencer a um grupo político, não tenho a menor vocação para a política e nem dela gosto, razão pela qual fiz questão de não fazer parte do Conselho Deliberativo. E não coloco essa minha condição como qualidade, pois sei que não é.

Assim sendo, não demonizo pessoas por serem de outros grupos, não as avalio à distância, tampouco torço por facções e sim pelo Fluminense.

Cumprindo essas premissas, usarei esse espaço para replicar as afirmações que saíram no blog que apoia o atual presidente sobre as entregas da vice-presidência de Marketing no período em que eu lá estava.

Interessante perceber que os autores do texto colocam que o contrato assinado com a Under Armour foi uma entrega do clube. Creio que estão certos em não personalizar!

Mas seria bom entender as razões que os levam a não adotar essa prática quando os responsáveis pelos louros pertencem à sua caterva. Ressalte-se que nos casos de insucesso a postura é inversa, escondem os seus – e também se escondem – e tentam apontar para os supostos opositores.

Seguindo com os esclarecimentos, vamos à reclamação sobre a pequena variedade de produtos disponibilizada pela Under Armour.

Não custa recordar que a gestão do presidente Pedro Abad recebeu o clube SEM FORNECEDOR DE MATERIAL ESPORTIVO, pois a gestão anterior – não seria elegante citar responsáveis – rescindiu com a Adidas para ficar com a Dry World. Um absurdo, não é mesmo?

Dito isso, confesso que a busca por um novo fornecedor foi bem mais difícil do que eu imaginava, visto que quase todas as empresas prospectadas declinaram de suprir o Fluminense em função do exíguo prazo que teriam para desenvolver, aprovar, comercializar e distribuir os uniformes. A Under Armour aceitou o desafio!

Feito o devido reconhecimento, admito que o sortimento ofertado está abaixo do que queremos. O que o Fluminense pode fazer, e faz, é pressionar, tendo a ciência de que os processos de uma empresa multinacional que fatura mais de US$ 5 bilhões anuais não são muito flexíveis, acarretando assim que os prazos de desenvolvimento sejam mais longos no início da relação. Acredito, no entanto, que a próxima coleção já traga muito mais variedade.

Passemos agora ao questionamento sobre o prazo para o início do e-commerce. Questionamento até legítimo, que se registre, porém, se esqueceram de considerar que qualquer prazo para a realização de algum projeto deve ter como variáveis influenciadoras: a disponibilidade de recursos (humanos e financeiros), a prioridade do projeto elencada pela presidência, o tempo para resolver as pendengas judiciais e o prazo padrão para a execução.

Pensando bem, talvez não tenham esquecido e sim preferido abrir mão de uma avaliação isenta para privilegiar o campo político.

Aliás, se quisessem ser realmente precisos poderiam ter majorado ainda mais o tempo de espera, afinal de contas o e-commerce começou no Brasil em 1995, ou seja, não são 18 meses e sim 23 anos sem comércio eletrônico.

Além do que, esse pessoal tinha ciência de que algumas amarras jurídicas de contratos passados emperravam certos avanços. Não passarei os detalhes sobre esses obstáculos para não prejudicar o processo que, muito em breve, dará ao clube a tão esperada loja virtual.

Quanto à expansão das lojas físicas, o blog acerta quando faz referência à manutenção do nosso número de lojas, fato que irá mudar bem antes do que eles imaginam. Todavia, o comparativo com outros clubes é mais uma vez faccioso, pois se tivessem efetivamente analisado esse mercado com isenção e responsabilidade, veriam que o Fluminense foi um dos poucos clubes do Brasil cuja a quantidade de lojas não diminuiu, ao passo que alguns tiveram quedas superiores a 30%. O que, cá entre nós, não traz mérito à minha atuação sob esse prisma, só fiz questão de pontuar o fato para restabelecer a verdade que, por miopia ou perfídia, foi desvirtuada.

A verdade aqui é que o cenário de crise prejudicou o processo de expansão, e que o modelo de franquias não se mostrou efetivo para clubes de futebol.

Por fim, houve ainda a menção ao atraso no lançamento do aplicativo. Dessa vez vou me eximir de responder, pois para isso eu teria que apontar o dedo para outras áreas, o que não é do meu feitio. Se quiserem achar que “empacou” no marketing que achem, mas a verdade não é essa.

O mais triste é que quem reclama sabe onde houve a trava, mas tudo bem, quem nos conhece sabe perfeitamente quem é reconhecido pela integridade e quem se esconde atrás de perfis fakes e textos apócrifos.

Vida que segue, com entregas e sem agressividade no campo virtual.”