Robinho voltou a ser aproveitado pelo Fluminense na partida contra o São Paulo no último domingo, no Maracanã. Assistiu Pedro no gol de empate em 1 a 1 e teve boa atuação. O técnico Abel Braga já avisara que o atacante, assim como Matheus Alessandro e João Carlos vinham treinando bem. O comandante explicou que houve uma mudança de postura do ex-jogador do Figueirense, comprado por cerca de R$ 7 milhões no segundo semestre de 2017.
– Ele entrou por trás, caiu pelo lado direito. Comentei que três jogadores estavam pedindo passagem. Chamei o Robinho, conversei com ele algumas vezes. Nesse clube, tudo aqui é sofrido. Nunca tive a felicidade com um clube ter um time de verdadeiros craques, apenas no Fluminense em 2012. Desequilibravam. Wellington Nem, Fred, Deco, Thiago Neves, Sobis. Quero isso, um timaço e hoje não tenho isso. Fui campeão mundial no Inter e qual era o fora de série que eu tinha? Craque só tive aqui no Fluminense. Então falei para ele (Robinho) que o nosso maior craque é o coletivo. Além disso, temos que colocar alma em cada jogada em cada palmo do campo. Chamei o Robinho, conversei com ele duas, três vezes. Falei para o Leomir que não iria falar de novo com o Robinho. O Leomir tem um temperamento diferente do meu, mais calmo. E ele falou para o Leomir: “Eu vou provar que tenho condições de jogar”. Então ele deixou de ser aquele jogador frio. Jogador frio no meu time não dá. O Pedro era frio. Hoje toma porrada 90 minutos, dá as costas para esses zagueiros cavalões, segura a onda e sai extenuado. O Robinho não está melhor do que ele era, está mais competitivo. Opa, aí interessa. Porque ele é um jogador inteligente e que sabe tirar da frente. Vocês (jornalistas) não assistem treinamento, nós vemos quem está evoluindo e quem não está – disse Abelão.