Deficiente físico, Eli vivia com uma cadeira de rodas que tinha pouca mobilidade e o dificultava em diversas ações do dia a dia. No meio de 2011, o torcedor pediu uma cadeira mais moderna para o amigo Fred, que lhe prometeu o presente. Em janeiro de 2012, a cadeira chegou. Fred disse que daria a seu Eli um cheque de R$ 8 mil, R$ 1.400 a mais do que o valor da cadeira, para que o torcedor poupasse.
– Ele é como se fosse meu filho. Nesse dia ele virou e me disse: “Tio, o meu irmão já viu a cadeira pro senhor, ela custa R$ 6.900. Eu vou fazer um cheque de R$ 8 mil, o senhor compra e fica com um dinheirinho guardado”. Eu virei, perguntei se ele não ficaria aborrecido e disse que não estava dispensando o dinheiro dele e que só queria a cadeira. Era muito fácil ele me dar um cheque e eu comprar a mais barata. Não é o que ele vai pensar, mas é a lógica. Eu pedi que o irmão dele comprasse, ele me abraçou e falou que naquele momento ele gostava ainda mais de mim – contou Eli Tricolor.