O título da Taça Rio sub-20 foi o auge de um time que fez uma campanha quase perfeita, com nove vitórias em dez partidas no turno. A conquista representou ainda mais para um personagem em especial desse Fluminense: o treinador Léo Percovich.
A caminhada de Percovich até a beira de campo de São Januário foi muito mais longa e dura do que muita gente poderia suportar, e começou em dezembro de 2017. No dia 17 daquele mês, Léo sofreu um grave acidente de carro na estrada, perto da cidade de Santos Dumont (MG), que vitimou duas de suas filhas, Valentina e Antonella, e deixou ele, a esposa e o o outro filho, Pietro, em estado grave.
Pouco mais de um mês após o acidente, no dia 23 de janeiro, Léo Percovich voltou a comandar o time sub20 do Fluminense, quatro dias antes de começar o Campeonato Carioca da categoria, e foi abraçado pelos jovens jogadores.
– Eu estava com oito costelas quebradas, a clavícula e a escápula. Eu não conseguia nem falar com ninguém e nem gritar. A dor da perda das minhas filhas. Minha esposa na cadeira de rodas, meu filho na cadeira de rodas. Assim começamos esse campeonato. Era difícil, mas eles me apoiaram. Faziam o melhor possível para me entender e me agradar. Então foi o início de uma grande superação, tanto de dor física como de dor espiritual – frisou.