A reunião do Conselho Deliberativo do Fluminense, ocorrida na última segunda-feira, trouxe muitos fatos à tona. Dentre as explanações e dúvidas, um momento em especial chamou a atenção dos sócios e conselheiros presentes. Enquanto o vice-presidente de assuntos legais, Miguel Pachá, comentava sobre a criação de um documento do departamento jurídico, que indicava o histórico em torno de uma determinada negociação, o mandatário Pedro Abad o contestou. Salientou que a ideia havia partido do ex-vice de futebol, Mário Bittencourt, o homem forte do Tricolor na época, e deu início a uma discussão acalorada no Salão Nobre.

De acordo com pessoas ligadas à Abad, o documento em questão teria sido feito entre 2014 e 2015. Antes disto, não havia qualquer registro de quem fazia as contratações, conduzia os trâmites ou representava os atletas. Não havia comprovação ou descrição. A partir daí, definiu-se uma folha de ficha cadastral, preenchida no decorrer de qualquer negociação com o histórico da mesma, assinada, carimbada ou rubricada pelas partes envolvidas.

 
 
 

De início, Pachá relutou em aceitar os argumentos de Abad, negando qualquer influência de Mário Bittencourt. O grupo do vice jurídico, Unido e Forte, manteve a discurso de que a criação partiu da gestão atual. Para a discussão não prosseguir, Pachá deu ponto final dizendo que, se fora construída antes, agora a ideia do documento havia sido aprimorada.