Treinador consagrado no futebol brasileiro e identificado, principalmente, no Fluminense, Internacional e Ponte Preta, Abel Braga nunca trabalhou em nenhum grande paulista. Ele conta por que isso não aconteceu, mesmo tendo várias ofertas. De acordo com o técnico tricolor, os convites não chegaram em momentos propícios.
– Já tive muitos convites. O Andrés (Sanchez) me chamou (para o Corinthians) antes da ida do Tite (para a seleção), mas eu estava com contrato em vigor. Nunca fiz isso, independentemente do dinheiro. Por isso acho que sou abençoado. O diretor Toninho Cecílio, do Palmeiras, me chamou assim que acertei contrato com os Emirados Árabes a primeira vez. No ano seguinte, quando voltei, ele me chamou novamente e eu falei que tinha renovado dois anos com o Al Jazira. Teve uma pessoa da direção do Santos, que me encantou pela autenticidade, Carlos, não lembro o sobrenome, ele me ligou nos Emirados. Falou: “Quero que você venha para cá”. Eu falei que era impossível, mas não romperia contrato. O Santos aqui é um clube que tenho admiração diferente. Quando entrei pela primeira vez no Maracanã, aos dez anos, foi para ver Santos e Milan. Depois teve o São Paulo, quando deixei o Inter, em 2014. Estava nos Estados Unidos, o Gustavo (Vieira), filho do Sócrates, foi pro Santos e ficou pouco tempo, mas é um cara reto, me fez convite. As coisas surgiram sempre em momentos inoportunos – disse o Abelão.