Oi pessoal!
Era o mesmo sistema de jogo. A mesma escalação com só três jogadores de origem ofensiva, que critico porque não gosto como proposta de jogo de um time grande.
Era um Flamengo com time misto porque julgou ser suficiente para enfrentar de igual para igual o Fluminense. Renegou seu próprio hino que afirma que FlaxFlu é um “Ai, Jesus!”
Rômulo, em dia de Gum e/ou Renato Chaves, fura a enfiada de bola do nosso craque (cantando: “é o camisa 10 da SeleFlu”) e Marcos Jr pega em cheio na redonda para abrir o placar no início da peleja.
Logo depois, um chute de fora da área bate na trave do Julio César. O adversário Marlos estava sem bote nenhum. Outro lance parecido fez o Vinícius Jr chutar por sobre o gol.
Vale relembrar meu alerta nesse início de temporada: tem sido frequente o adversário ficar livre para a finalização na entrada da área mesmo com os três zagueiros e dois volantes de contenção. E os “dados”, os números não mostram isso.
Por enquanto ou contamos com arremates defensáveis e defendidos pelo nosso arqueiro ou com a ausência de recurso técnico de quem chuta.
A goleada foi histórica e deveria ter sido maior se o nosso time não tivesse “tirado o pé”, diminuído o ritmo, após o quarto gol e a expulsão do Cuellar, no 2° tempo.
Voltamos a ter uma alegria que não tínhamos desde a conquista da Taça Guanabara quando dominamos o mesmo Flamengo, então considerado o melhor time do Brasil ao lado do Palmeiras.
Sempre afirmando, ano passado, que o nosso time não era inferior a nenhum outro a ponto de atuar recuando os atacantes e Sornoza, enquanto, muita gente xingava jogador e dizia que Abel fazia milagre, quando o desmanche para clubes grandes provou que a qualidade individual era boa, mas quase caímos pelo “sistema medroso” que Abel escolheu por “n” razões internas e também por sua tendência e perfil.
Como afirmei, na semana passada, precisamos de três reforços para brigarmos sem dever nem temer adversário algum, continuo com o meu pé atrás em relação a tática escolhida para este ano.
Explico: não é o número 3-5-2, 4-3-3, 4-4-2, mas a característica e a qualidade técnica do jogador escalado que define se um time está equilibrado na sua formação.
Esse esquema não equilibra o Fluminense porque Gum e Renato Chaves numa linha de 3 zagueiros de origem não dão estabilidade. Pelo contrário. Sim, melhoram o jogo aéreo, mas pioram drasticamente no chão, quando formos atuar contra retrancas e/ou atacantes velozes pelo lado.
A saída de bola é boa com Ibañez. E só. Jádson fez bom jogo na direita com Gilberto, mas era Trauco, péssimo na marcação como sabemos. Não tira o mérito da atuação dos nossos jogadores, mas explica nosso êxito por ali.
Nossa saída deverá melhorar se Airton e Douglas conseguirem atuar regularmente, pensando em Sul-Americana, Copa do Brasil e, principalmente, Brasileirão, já que Abel vai atuar com sua penca de volantes.
Ainda assim, se o adversário anular o único jogador diferenciado (Sornoza), travará o time já que, ao girar para atacar, tem só uma opção imediata: Marcos Jr.
Pedro fica preso entre os zagueiros, embora no FlaxFlu, ele tenha se deslocado mais, abrindo espaços para a “transição defesa-ataque”, como diz nosso técnico.
É pouco. Ou melhor, será pouco, projetando para os jogos mais parelhos. Não adianta: não gosto desse esquema. Acho que temos mais para produzir sem tanto receio.
O Flamengo levou de quatro por sua soberba em achar, como muitos tricolores acham, que a qualidade técnica dos titulares do Fluminense era equiparada ao seu “superior” elenco.
Sim, é verdade: nós precisamos de uns três reforços, ao menos. Que cheguem logo! As vitórias dão paz e moral para a continuidade da temporada.
Agora é torcer para que os jogadores que chegarem façam com que Abel reequilibre a escalação e atue, ao menos, com mais um Robinho e menos um Renato Chaves ou Gum.
Disso eu não abro mão, nem goleando a soberba rubro-negra. Porque aposto sempre na ousadia como diferencial para um clube como Fluminense surpreender e vencer.
Toques rápidos
– Abel disse que Renato Chaves “acertou tudo”. Entendo que ele quer dar moral ao jogador, limitado para um Fluminense, além de lento e atrapalhado na função de cobrir o lateral direito.
– Vem aí o Avaí do meu querido André Moritz, nosso herói de 2016, que após atuar na Turquia, Inglaterra, Coréia do Sul, “Júpiter”, retornou ao clube que divide seu coração com o Tricolor. Nada de “lei do ex”, hein, Moritz! E que o Claudinei o posicione bem recuado, correndo atrás do Marcos Jr. (risos).
– Engenhão, nosso salão de festas, é o programão da nossa quinta-feira, às 19h15min., jogo de ida, valendo vaga na Copa do Brasil. Vem retranca aí, Abelão! Coragem! Porque “é vencer ou vencer”!
– Não adianta: cobro apoiando; apoio cobrando. Sempre.
E também: não cobro algo impossível (como ser mais ousado na postura em campo, ambicionando algo além de se manter na Série A), nem apoio algo que julgo prejudicial ao meu clube de coração (como vem sendo a gestão Flusócio há 7 anos).
É assim que torço apaixonadamente pelo Fluminense “desde que eu nasci”, porque amá-lo “é minha raiz”.
Fraternalmente,
ST.