Oi, pessoal.
“Curtindo” o feriado que o time do “Abel/Abad” me proporcionou, esse que usa a camisa mais bonita do mundo, aqui estou para traduzir as siglas da “profissionalização” da Flusócio, nesses 7 anos de gestão, com seus cargos ilimitados gestores.
Sou da geração que o futebol tinha um Vice, um Diretor e um Supervisor que, se competentes, tocavam o barco e sabemos que as novas nomenclaturas vêm para confundir, como dizia o Chacrinha, ou melhor ainda, a frase antológica do escritor italiano Tomasi di Lampedusa que falava mais ou menos assim: “Algo deve mudar para que tudo continue como está.”
Iniciei pelo CEO, Marcus Vinícius Freire. Depois, aprendi ainda mais sobre TI (Information Technology) e suas importantes e fundamentais funções que esse profissional exerce para, especialmente, estruturar a empresa ou clube de futebol.
O nosso TI, que exerceu por anos com grande influência e carta branca, foi o profissional Danilo Félix que, na última segunda-feira, anunciou o seu afastamento numa rede social.
Bem, o que é o CEO? É o Chief Executive Officer que significa Diretor Executivo. Sua principal função é planejar o caminho para as soluções urgentes entre novas soluções que poderão realizar-se a médio ou longo prazo a fim de viabilizar o dia-dia do clube ou empresa.
O responsável para pôr em prática, realizando os projetos de execução do CEO, portanto, seu braço direito, é o Chief Operating Officer, o COO… Não sei quem exerce essa função no Fluminense. Seja quem for, abdicou da sigla inglesa.
O uso dela é proposital. A sigla serve como uma lupa, que nos impressiona, facilmente, por aumentar, tornar grande até o mais pequeno objeto ou ser. E funciona! Fica pomposo, imponente, tal qual um homem vestido de black-tie criado por Giorgio Armani.
A lupa de aumento passa a ideia de poder e domínio, da tal “profissionalização”, responsável por uma organização impecável, “lacrando” em qualquer pessoa, independente de competência ou preparo, um status quo para o cargo.
O TI, cujo ex-operador mandou uma torcedora buscar um órgão genital masculino numa rede social, reúne várias funções fundamentais. Destaco duas delas: além de escolher, gerenciar e avaliar o bom funcionamento de toda a parte tecnológica para estruturar “a empresa”, deve saber diagnosticar e ENTENDER as necessidades e demandas do “cliente”. No futebol, sua torcida.
Espero que o novo TI entenda, além do seu indispensável trabalho, que o feeling e o timing no futebol requerem algo além da objetividade, da ciência exata, porque lidará com “clientes” ora desanimados e distantes ora exarcerbados e eufóricos. Assim, espero que o novo TI seja mais educado para atrair e não denegrir ou afastar o seu principal consumidor: o torcedor.
O CEO tricolor concedeu entrevista neste “feriado”, como torcida, sem ver Abel posicionar até 9 jogadores no 1° terço do campo (novos termos!!!), atacando com defensores responsáveis pelo último passe (o passe do armador, do 10, da criatividade).
Ao invés de Sornoza ter Caio (como teve Wendel, Scarpa e Welington Silva) como desafogo para a saída de bola; os jogadores desse ausente meio-campo ficam sem opções para o passe vertical. E porque toda tragédia é pouca, Abelão decidiu: Gum e Renato Chaves podem jogar juntos; Sornoza e Robinho, não. Neste caso, ou joga um ou outro. (Cuidado com o Salgueiro!…).
Enquanto sofremos com as atuações ridículas em campo e a teimosia da visão embaçada do nosso treinador, Marcus Vinícius Freire, o CEO, deu algumas declarações que me chamaram atenção, depois de afirmar que leu nove livros para exercer seu cargo, numa autoanálise de total preparo para a função:
“- Futebol é entretenimento. Claro que tem paixão, resultado. Em um teatro você não vai ver quem ganhou e quem perdeu. Não tem torcida para a Fernanda Montenegro e contra a Fernanda Torres. Mas a gente tem de entender que esse nosso negócio é parecido com o que vemos no teatro ou no cinema”, afirmou.
O fato do Freire ver futebol como entretenimento é muito positivo, embora também não entenda de teatro ou cinema.
“CEO”, no cinema, se uma das atrizes for a vilã e a outra a mocinha, tem torcida, sim! No teatro também e é ainda mais constrangedor porque se o final ou os atores não agradarem ao público que ficam frente a frente, algumas vezes, ouve-se uma sonora vaia!
Mas, sim, futebol é entretenimento, definitivamente. Por isto, um time precisa jogar um futebol atraente, desenvolto, dentro do equilíbrio, do bom senso, ainda mais sendo esse clube o Fluminense que briga para se manter num patamar que foi retirado.
Os clubes de massa não têm tanta essa obrigação do jogo ofensivo e atraente – embora suas torcidas não admitam, mas como acompanham com a fidelidade de todo torcedor por seu time, a audiência está garantida, o que mantém “a torcida” das federaçoes, CBF, TV e demais patrocinadores pela “Fernanda” que der mais audiência e cifra$.
O Fluminense, não. Ele precisa se tornar atração deste porte e só consegue isto se jogar um futebol vistoso dentro de campo. Ele conseguiu isto, mesmo sem “estrelas”, no início do ano passado, pela leveza e ofensividade daquele time que colocou o então “ovacionado” Flamengo na roda, na final da Taça GB.
Este ano, Abel escolhe a contra-mão e caminha em marcha-ré da nossa necessidade… e não me venha com a ladainha de que não temos time, elenco! Ano passado os mesmos diziam a mesma coisa e vimos clubes grandes brigarem e nos tirarem seis “perebas” que eram titulares.
Num sistema medroso, Abel quase rebaixou aquele time sob o mesmo discursinho de que tirava leite da pedra. Este ano, Abel pediu “novecentos” jogadores defensivos para posicionar um time desequilibrado, que entra em campo, pela característica do jogador escolhido, para não sofrer gol, não perder, jogando por uma bola, como um pigmeu.
Saindo deste filme de terror macabro que vemos, dentro de campo, o Marcus Vinícius ainda declarou, como um gestor da Flusócio faz desde 2010, ano eleitoral, que “o trabalho de reestruturação é de médio a longo prazo.”
Gostaria de saber, objetivamente, de quantos anos a Flusócio considera ser um período de médio prazo e de longo prazo?
Sete anos administrando absolutos, donos de todos os setores do clube e chega com o Fluminense, em 2018, sem pagar em dia, perdendo jogador (e receita) de graça, tendo um bicampeão brasileiro dispensado por uma rede social, a maior referência do ataque indo para o rival que pagará em “500” parcelas…
Enfim, o que seria o médio prazo e, pior, onde estaremos quando ele chegar? Ainda sobre o mesmo discursinho, agora na voz do “CEO” de que a atual (velha) gestão trabalha para “que nossos filhos e netos” conheçam um Fluminense viável. “Filhos e netos”?!
Um tricolor que, infelizmente, não consegui guardar o nome, foi claro e direto, algo que a Flusócio detesta porque não sabe lidar com torcedor de futebol. Muito feliz em seu comentário, aqui no NetFlu, ele disse: “- Não tenho filhos. Então, não terei netos. Então, estou mesmo f…” Somos dois, amigo tricolor.
Outra importante menção do atual CEO tricolor, o ex-jogador de vôlei, foi:
“- Hoje a camisa vale o que o mercado pode pagar. Não adianta querer vender um carro ou apartamento se não tem mercado para isso. Estamos vendendo exatamente o que o mercado entende para o Fluminense.”
Marcus Vinícius Freire foi infeliz na avaliação. Algum dos nove livros que leu o induziu a erro gravíssimo.
O mercado do futebol pode ser parecido com o financeiro, no que trata de valores materiais. Especialmente para os jogadores, já que no Brasil, por exemplo, um Sheik árabe não pode comprar o Fluminense, como compraria um clube europeu.
Assim, não adianta afirmar que uma “joia de Xerém vale R$ 100 milhões de reais”, fazendo um contrato de alto custo com um menino de 16 anos PARA A INSTITUIÇÃO pagar e de toró ele virar chuvisco.
Também não adianta definir a multa rescisória do então considerado melhor jogador, Gustavo Scarpa, em € 10 milhões de euros. Mesmo ele se achando e sendo “marketado” como um “grande jogador”.
Nem clube médio europeu o quis mais (lembrando que o Sporting-POR pagou €7,5 milhões pelo Wendel). Pode “marketar” que ele é “craque”, “o rei das assistências” ou um desses números “para inglês ver” porque escondem fundamentos que o jogador não possui e deve ter, também os erros e falhas que ele comete, se escondendo ou não do jogo. Como afirmou Guardiola: “Números não dizem nada!”
IMPORTANTE: Gustavo Scarpa, que saiu de cara feia para a torcida que o idolatrou, ainda saiu de graça. “Êh, parrê”, Abad/Flusócio! Ah, ainda está valendo minha aposta de que ele não será titular absoluto no Palmeiras. Lembram? Valendo um “refri” com um Globo salgado, na arquiba do Maraca (risos)!
Voltando ao “CEO” tricolor, o fato de Marcus Vinícius não mencionar com ênfase necessária que um clube de futebol não é mero produto, como um detergente, e sim que tem um ingrediente diferencial e que o torna singular, que é paixão e paixão já fidelizada, é gravíssimo e preocupante.
Como disse Paulo Autuori, o diretor executivo do futebol (ou seria: Chief Executive of Football – CEF ?), o futebol precisa ser analisado “pelo lado antropológico, que envolvem pessoas e contexto”. Portanto, ser dirigente num clube grande de futebol não é como trabalhar numa empresa que precisa vender sabão em pó, “CEO”!
A camisa do Fluminense que nos últimos anos venceu dois brasileiros e uma Copa do Brasil, chegando à final de uma Libertadores num jogo que sua torcida emocionou todo o continente, tem sido desvalorizada, não pelo mercado, mas sim, por um grupo de “gigantes das galáxias” que o tratam, há 7 anos, como um Íbis-PE (com todo carinho ao Íbis).
Sabemos: “O Fluminense é ERNOME”. E o mercado valorizará novamente quando nos vir sendo administrados com grandeza, fora de campo; e jogando um futebol destemido e vistoso, dentro dele. Sim, estamos longe de ambas as realidades. Temos uma direção e um time com posturas iguais: repletos de tremores, que nos degrada e envergonha.
Repito, parte 2: Que decepção, Abel. Mesmo sabendo que nenhum clube brasileiro paga mais R$700 mil reais para um técnico, só mesmo Abad, que assinou o contrato e que não pagará do bolso dele (nem em dia ele consegue pagar o Frazan), sabemos que o FLUMINENSE lhe pagará “ceitil por ceitil”, sob ordem da Justiça do Trabalho.
E mesmo que demore, seus netos e bisnetos estarão amparados financeiramente. Mas a decepção mesmo é vê-lo tratar e posicionar o time do Fluminense com pequenez e ainda se comportando como um “Salvador da Pátria”.
O Chelsea do Antonio Conte, citado recentemente como inspiração pela comissão técnica, usa um dos laterais como o 3° zagueiro (Aspilicueta ou Zappacosta), a dupla de zaga é Christensen e Rüdiger com 1 volante de contenção (Kanté). Não atua com 3 zagueiros. Posiciona uma linha de três, o que é diferente.
Cinco jogadores defensivos e não sete, como no seu Fluminense, Abel. Os cinco ofensivos de Conte no atual Chelsea são: Fábregas (armador), Moses (atacante que faz o lado do campo), Hazard (pela característica, no espaço onde Sornoza deveria atuar), mais a dupla de ataquue: Pedro e Giroud.
Estou cansada, decepcionada e desmotivada. Como não me proponho ser “engenheira de obras-prontas”, comentando futebol depois dos resultados dos jogos e, sim, sob a atuação e postura, “baixo” meu lado Pitonisa.
Elementar: se continuar com essa escalação e esquema, Abel repetirá seu medonho 2013 no clube, quando foi demitido, em julho, deixando o Fluminense no Z4 com um time cheio de medalhões: Fred, Sóbis, Wagner…
Espero que ele repense essa vergonha e volte a dar equilíbrio ao time grande que ele comanda, antes que seja tarde demais.
É muito triste e preocupante ouvir o CEO do Fluminense Football Club compará-lo a um apartamento que um dia foi avaliado em R$ 800 mil reais, por exemplo, e se desvaloriza.
Esse bem imóvel pode sofrer por questões má manutenção, aumento da violência urbana local e etc. Um Fluminense Football Club, como todo grande clube, não se avalia com tamanha limitação.
Pior é saber que o CEO, o TI, o COO…não sabem o mínimo do mundo do futebol e tratam o baluarte verde, branco e grená, com milhões de torcedores fidelizados por ser um time de futebol de mais de 100 anos retumbante de glórias, com a mesma avaliação simplista que o mercado de imóveis faz.
O valor da marca Fluminense dependerá sempre de como a sua direção o administra e o trata. O mercado baixou a “precificação”(outro novo termo, galera!) da camisa do clube porque a Flusócio nos apequenou e continua apequenando há sete anos.
E o tamanho que a Flusócio, Abel/Abad vêm nos tratando é um escárnio.
Desculpando-me pela extensão do meu desabafo, registro aqui a minha indignação. É revoltante! E eles ainda contam com a proteção do Abel. Quem diria?…
Realmente, entre “profissas” de TI e COO, estamos mais no “HELL” que no “CEO”.
“OLHAI POR NÓS”! “E abençoa a esse povo que te ama”!
Fraternalmente, ST.