O torcedor teve de esperar seis partidas para ver o Fluminense, enfim, sair de campo com uma vitória. O time fez as pazes com as rede neste domingo, em Los Larios, ao bater o Madureira por 2 a 1. Os gols foram marcados por Marcos Júnior e Pedro. William fez para o time da Zona Norte carioca. Com o resultado, o Tricolor segue com chances de classificação às semifinais da Taça Guanabara.

Abel Braga parece convicto no esquema com três zagueiros e o Fluminense teve as mesmas dificuldades de outros jogos na saída de bola. Tanto é que no início insistiu com a ligação direta. Deu errado nas primeiras vezes, mas pela marcação ruim do adversário pelos lados, nas últimas, encaixou.

 
 
 

Em uma delas, o Tricolor conseguiu inaugurar o placar. Aos oito, Jádson fez um lançamento preciso para Ayrton. O jovem, muito veloz, botou na frente e foi inteligente ao cruzar rasteiro. Marcos Júnior, como um foguete, estufou a rede: 1 a 0.

Não deu nem para comemorar. Aos 12, Gilberto, o pior do Flu no primeiro tempo, tentou sair jogando, perdeu e cedeu escanteio de graça para o Madureira. Na cobrança, desvio na primeira trave, o mesmo Gilberto não acompanhou o marcador e o time suburbano empatou.

Até ali, o jogo, embora fraco tecnicamente, era movimentado, pela ausência de marcação nos flancos, por parte do Madureira, e desatenção do Fluminense nas raras tabelas que o adversário conseguia, além de jogadas de infiltração.

Jádson e Robinho eram os mais lúcidos da equipe de Abelão. Quando pegavam na bola, dificilmente erravam passes e conseguiam achar um lance diferente. Ayrton, que começou m bem, devido aos generosos espaços que o Madura deixava, foi pouco acionado quando PC Gusmão acertou a marcação por ali.

Do outro lado, Gilberto irritava. Apoiava pouco e na marcação vacilava. A ponto de Abel, no tempo técnico, ter chamado a atenção asperamente do lateral-direito.

O jogo, que já não era bonito, ficou pior a partir dos 30 minutos. Sem criatividade, Madureira e Fluminense proporcionaram bicos para o alto e uma infinidade de passes errados.

Até o gol da tranquilidade no último lance do jogo, aos 45 minutos. Cobrança de escanteio, Pedro, até então um Gasparzinho no ataque, antecipou a defesa da equipe azul, vermelha e amarela e, de cabeça, desempatou.

Na volta para o intervalo, Abel teve de fazer uma mudança que não gostaria. Sacou o melhor do time, Robinho, com torção no pé, e lançou Caio, um volante de origem.

Aos 12 da etapa complementar, pênalti não marcado para o Fluminense. Liso, Ayrton é derrubado na área e o árbitro, de pertinho, ignorou. Poucos minutos depois, o juizão apitou uma falta inexistente de Gum na entrada da área, que poderia gerar perigo.

Ibañez, no início do segundo tempo, se machucou, mas nada de modificar o esquema. Frazan entrou no lugar e o Flu, é verdade, não foi muito ameaçado. O Madureira chegou em duas cobranças de falta na entrada da área, que foram mal batidas.

Mas o resumo do segundo tempo foi uma correria dos dois lados. Chances de gol, apenas no fim, com Jadson e Ayrton. Sobrou disposição. Técnica? Pouca. Pelo menos, Fluminense e vitória se reencontraram. E a probabilidade de passar às semifinais ainda existe.

Escalação do Flu: Júlio César; Renato Chave, Gum e Ibañez (Frazan); Gilberto, Richard, Jadson, Robinho (Caio) e Ayrton Lucas; Marco Júnior (Matheus Alessandro) e Pedro.