Entrevistado pela Rádio Globo, Mário Bittencourt comentou sobre a situação do Fluminense e alguns projetos da diretoria, como o STK Samorin, a filial europeia do clube. Na visão do ex-vice de futebol, candidato derrotado na última eleição presidencial tricolor, o Flu está na contramão do futebol nacional.
– É uma ideia inócua que passou a ser fonte de uma despesa inaceitável. Digo isso porque eu comparo o Fluminense com os outros 19 da Primeira Divisão. Eu sou um dos maiores clubes do futebol mundial e brasileiro e tenho de me comparar aos que competem comigo. O Fluminense, em várias áreas, anda na contramão do futebol brasileiro. O Fluminense é vanguardista a ponto de fazer um clube maravilhoso na Eslováquia e está andando na contramão de todo mundo. Ninguém tem isso. Ninguém faz um projeto como esse e, com todo o respeito, não vem trazendo resultado nenhum para nós. A receita é inaceitável porque o projeto é inócuo, não digo nem se é caro ou barato. É um projeto que realmente chega a nos colocar em situações de exposição de marca que beira o ridículo. Às vezes as pessoas falando de futebol brincam que o Fluminense está brigando para não cair também na Eslováquia. Só nos traz uma exposição ruim, não vejo jogador que volte com capacidade de jogar no primeiro time. O Fluminense poderia ter um clube satélite no Brasil, fazer parceria com clube da Série C ou D do Brasileiro para que pudesse ter um desenvolvimento melhor dos jogadores. Vou citar um caso de extremo sucesso nosso, que foi o Wellington Nem. Foi no Figueirense, ganhou corpo lá, ganhou experiência. Foi campeão brasileiro em 2012. Por que falo em clube satélite? Porque aqui podemos ver. Aqui o torcedor pode falar que o Fluminense fez parceria e possamos ver. Nem arquibancada tem lá para que os jogadores voltem aptos a disputar bem no futebol brasileiro.