Conforme o NETFLU antecipou, o Tricolor ainda não recebeu o dinheiro proveniente da venda de Wendel para o Sporting (POR). À pedido da Procuradoria da Fazenda Nacional, a Justiça bloqueou as receitas do clube em 30%. A ação, em caráter provisório, visa o pagamento de impostos em atraso, o que já havia acontecido com a retenção de parte da venda de Wellington Nem, em 2013, como confirma o portal Globo Esporte.
Ainda segundo a publicação, com a nova decisão, comunicada oficialmente ao Tricolor nesta semana, o pagamento do Sporting por Wendel pode ser afetado- assim como futuras vendas, como a de Henrique Dourado. O clube português acordou depositar os 7,5 milhões de euros (cerca de R$ 29,1 milhões) da negociação até a próxima quarta-feira, data da promessa da direção de regularizar os salários em atraso dos jogadores. Cumprindo o prazo, 30% ficarão retidos.
O Fluminense não se manifesta sobre o caso, que se arrasta desde a gestão de Peter Siemsen. Na ocasião da venda de Nem ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, por R$ 25 milhões, a Procuradoria conseguiu bloquear receitas para regularizar R$ 31 milhões devidos pelo clube, referentes ao não pagamento de Imposto de Renda e INSS no período 2007-2010. Então, a segunda parcela da negociação do atacante não entrou nos cofres tricolores.
O problema é que o Tricolor entendeu, na época, por ter aderido à Timemania, programa de regularização fiscal do governo brasileiro, regularizado as pendências. O processo ainda corre na Justiça. Com uma novidade: durante o trâmite da ação, o Tricolor também aderiu ao Profut, outro programa governamental para colocar em dia tributos atrasados.
Há um debate sobre o valor devido. Como a Procuradoria defende não ter recursos boqueados suficientes para quitar a dívida, solicitou nova retenção. E foi acatada pela Justiça no percentual de 30% das receitas do clube. O Tricolor vai recorrer pois o entendimento é de que não pode haver bloqueio enquanto o mérito não for julgado.