A vontade explícita de Henrique Dourado em deixar o Fluminense é entendida por Celso Barros, ex-presidente da antiga patrocinadora Unimed, como uma reação não só aos atrasos salariais. Na visão de Barros, o relacionamento com o departamento de futebol do clube também deve ser alvo de incômodo entre os jogadores. Falta, na sua opinião, diálogo.
– Tudo isso ocorre porque falta diálogo, uma relação dentro do departamento de futebol mais clara com os jogadores. Deveria haver uma repreensão de alguns fatos que são falados. Acho que está tudo errado. Ficar julgando o atleta não é tão simples. Ele falou uma coisa que preocupa: “Eu não quero viver o que vivi em 2017”. Não sei se foram só as questões salariais e de gratificações. Só esses atrasos já são difíceis. Mas o clube pode, eventualmente passar por um momento difícil e levar a coisa de outro jeito. Os atletas, me parece, estão completamente sem interlocução com o departamento de futebol e o presidente. Aliás, o presidente dá entrevista na Florida e aqui (no Brasil) praticamente nada – disse.