O Campeonato Carioca deste ano terá testes de árbitro de vídeo. A tecnologia, no entanto, não modificará as decisões de campo. Segundo explica o presidente da Comissão de Arbitragem da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Jorge Rabello, a experiência será offline.
– Em relação ao ano passado, foi um ano que tivemos uma boa performance no geral. Não significa dizer que não erramos. O erro em si ele costuma não dar polêmica, a consequência do erro que traz a polêmica. Quando alguém ganha ou perde por causa da arbitragem que causa a polêmica. Foram poucos. O árbitro de vídeo veio para ficar. Todos que vivem do futebol clamaram por isso, a entrada da tecnologia na arbitragem. Chegou. Em relação ao Rio de Janeiro, fomos procurados por uma empresa suíça que já tem a tecnologia no Brasil e no exterior e experiência com vôlei e taekwondo. Não tem experiência efetiva com o futebol. Eles estão precisando aprender com o futebol. Tentaram uma demonstração na Granja Comary em alguns jogos. Vamos utilizar nos jogos decisivos, semifinais e finais de Taça Guanabara, Rio e do Carioca – disse, completando:
– O árbitro de vídeo só vai interferir ou opinar se houver erro claro da arbitragem. Vamos fazer em offline os testes. No teste offline não haverá comunicação com o árbitro. Será assim o campeonato inteiro. Não vamos fazer online ainda. Precisamos entender que existe um custo e é elevado. A CBF estima algo de R$ 30 mil por jogo. Para colocar online no Rio de Janeiro, vamos fazer em 2019. Vamos pegar tudo que aprendemos e, em 2019, vamos ter de definir de quem será o custo. Na Alemanha, teve um lance de mão dentro da área que mesmo com o árbitro de vídeo, em online, não viu. E lá não é numa cabine, ficam numa central que comanda todos os jogos. Precisamos ser muito prudentes para não colocar em risco um teste que é muito complexo. O protocolo da Fifa tem 129 páginas. Se formos implantar em 2019, vamos implantar muito mais embasados.