Paulo Autuori foi apresentado nesta quinta-feira no Fluminense pregando resgate do Tricolor enquanto instituição. Se diz um profissional de grupo, mas não se furtará de se responsabilizar quando o momento pedir. Contou que não participará diretamente nas negociações e que seu papel é de gerenciar como um todo.
– Por isso a denominação diretor esportivo, porque estarei envolvido com tudo o que tem a ver com o futebol, a estratégia de futebol do clube. Quando falo de negociação é entrar, justamente, no negócio. Ou seja, discussão de valores. Não vou fazer isso aqui e não estava fazendo no Atlético-PR porque é uma exigência minha. Não gosto e não quero estar envolvido com isso. Meu objetivo é participar, construir. Qual é a grande dificuldade em termos de gestão? Temos que parar de personificar o erro ou a vitória. Você tem de sistematizar processos, padronizar práticas, criar um sistema que seja o responsável por tudo nos bons e maus momentos. É muito fácil apontar no momento que dá certo procurar o responsável, da mesma forma quando não atinge o objetivo. Essa personificação tem de acabar. Eu sou um homem de equipe, não preciso falar, só olhar para trás e ver a maneira como propus na carreira de treinador e não acredito em nada de tomadas de posições isoladas. Não existem heróis. Isso é conversa pra boi dormir, fantasia, utopia. O que existe são pessoas envolvidas com ideias claras e que definem propósitos claros. Será dessa maneira que vamos trabalhar. Se tiver que dar a cara, o farei tranquilamente, me responsabilizo pelas situações. Não sou homem de mandar recado. O que tenho para falar, falo diretamente. Dentro dessa ideia, a construção será em conjunto.