Se o novo Mundial de Clubes da Fifa fosse realizado com base nos atuais campeões regionais, o Brasil teria apenas um representante no novo torneio com 24 times. A entidade já deixou claro que vai acabar com o formato atual do torneio e sugere que a competição poderia substituir a Copa das Confederações a partir de 2021.
Entre as propostas debatidas está a realização do torneio com representantes de todos os continentes. Mas, dos 24 times, apenas cinco seriam sul-americanos. Pela lógica, disputariam a competição os quatro últimos campeões da Libertadores, além de mais um clube com base num ranking da Conmebol.
Se essa regra fosse adotada antes de o Grêmio entrar em campo para a final contra o Lanús, na noite desta quarta-feira, o Brasil teria apenas um clube na disputa, o Atlético Mineiro. Da Argentina iriam o Boca Juniors, o San Lorenzo e o River Plate. O Atlético Nacional seria o outro classificado.
A proposta não agradou aos dirigentes da Conmebol, que insistem em ter o mesmo número de representantes que a Uefa e exigem novas reuniões antes que a proposta seja aprovada. O temor dos cartolas sul-americanos é de que haja uma consolidação cada vez maior da Uefa dentro da Fifa, empurrando os sul-americanos para uma condição de coadjuvantes.
Para os especialistas em marketing da Fifa, um número maior de sul-americanos poderia afetar o interesse de patrocinadores, já que os últimos anos registraram um domínio total dos europeus na disputa pelo título de melhor clube do mundo.