Através de seu blog oficial, a Flusócio fez um balanço do que foi o ano de 2017 para o Fluminense. A dificuldade do fluxo de caixa, a falta de investimento no futebol, os resultados da temporada e avanços, na opinião do principal grupo político de apoio à gestão Pedro Abad, foram explanados no texto que você confere na íntegra abaixo:
“Apoio ao Abel e elenco na reta final
Desde o início do ano, com a consultoria da Ernst & Young, foi deixado claro pela diretoria que teríamos uma temporada com restrições orçamentárias e fluxo de caixa comprometido por contratos longos, de elevado valor, mas ainda vigentes.
Foi dada total transparência ao déficit projetado e explicada uma necessidade imediata de reduzir despesas e aumentar receitas em busca de um novo equilíbrio financeiro. Só assim a capacidade de investimento poderá retornar ao Fluminense no médio prazo. Trata-se do mesmo trabalho realizado no rival durante o primeiro ano da gestão Bandeira de Mello, empreitada também conduzida pela E&Y.
O orçamento foi aprovado por unanimidade. Nem os conselheiros da oposição votaram contra.
Na parte de redução de despesas, foi realizada uma ampla reforma administrativa com readequação de cargos e salários e contratação de um CEO (Chief Executive Officer) e um CFO (Chief Financial Officer). Foi estabelecido ainda um novo organograma institucional, adequando o Flu ao modelo empresarial.
Na parte de custos patrimoniais, o Flu conseguiu renegociação de contratos com prestadores de serviços. Fechou ainda parcerias que reduziram custos administrativos de serviços com base em permutas.
No Departamento de Futebol, a gestão conseguiu-se uma redução de R$ 18,3 milhões anuais com empréstimos e dispensas de jogadores que estavam fora dos planos e infelizmente foi obrigada a retrair investimentos.
Na parte de busca por novas receitas, em meados de 2017 foi criada a nova Vice-Presidência Comercial e contratados novos recursos para turbinar o apetite por parceiros comerciais.
No início da temporada o clube tinha apenas a Frescatto como patrocinadora oficial, mas está chegando ao fim do ano com as marcas adicionais Under Armour, TIM e Thinkseg como patrocinadores fixos em sua camisa. Como patrocinadores temporários, chegaram também Universal Orlando Resort, Zoom, Lafe e Mackenzie, além dos parceiros comerciais Gatorade, Ambev, 99Taxis, NB Telecom, Bauerfind, Euro Colchões, Bioleve e Volkswagen.
Ainda na parte de busca por novas receitas, foi iniciada a campanha de engajamento #AbraceOFlu, criado o advento do e-ticket e estabelecido o compromisso de jogar no Maracanã durante o ano inteiro, mesmo com o elevado padrão de custos do estádio. Foi também relançado o Sócio-Futebol com 100% de desconto nos ingressos dos jogos, em condições elogiadas por todos.
O Flu encerrará o ano com apenas três atletas negociados pelo Flu: Richarlison, Eduardo e Ailton. Nos três casos, o Flu manteve percentuais de sell on, que remuneram o Tricolor em caso de lucro em possíveis revendas por parte dos clubes compradores.
Mas na parte esportiva, a temporada ainda não acabou.
A fase aguda da temporada se aproxima e deixamos aqui todo nosso apoio às palavras do Presidente Abad sobre a manutenção do treinador Abel Braga, que foi um exemplo de dedicação ao Fluminense durante todo ano, superando a dor de uma irreparável perda familiar.
É hora de trabalhar internamente pela solução das pendências financeiras e dar todo apoio à comissão técnica e aos jogadores na reta final da competição”.