Promotor que pediu reunião é o mesmo que tentou a torcida única no último Carioca

Os quatro grandes clubes do Rio de Janeiro avisaram ao Juizado do Torcedor que não têm interesse em uma reunião marcada pelo órgão para quinta-feira com o intuito de debater o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) sobre planejamento de segurança para jogos disputados no estado. O promotor Rodrigo Terra, da 4ª Promotoria de Tutela Coletiva e Defesa do Consumidor, foi o responsável por solicitar o encontro. Ele foi o mesmo que entrou com Ação Civil Pública (ACP) para impor a torcida única após o assassinato de um torcedor do Botafogo em clássico contra o Flamengo no Carioca deste ano.

Com a negativa de Fluminense, Flamengo, Vasco e Botafogo, além da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), expressada em ofício enviada na segunda-feira, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) prepara uma retaliação. Rodrigo já tem uma nova minuta no TAC para exigir a necessidade que a tabela dos campeonatos seja previamente aprovada pela Polícia Militar. A entidade terá o poder de apontar modificações. Além disso, a tabela ainda precisará receber os avais da Guarda Municipal, da CET-Rio e do Corpo de Bombeiros, todos convidados a participarem da reunião.

 
 
 

Os clubes receberam prazo de cinco dias, a partir do recebimento da notificação, para se manifestarem a respeito da nova proposta do TAC e o interesse em reunião para discuti-la. Caso rejeitem novamente, a ACP será julgagga pelo Juizado do Torcedor. O árbitral já aprovou a tabela do Carioca em 2018. Se o TAC for assinado pelos clubes, ela teria de ser aprovada até um mês antes do início da competição pela PM.