Flu sai atrás, reage, mas com um a mais só empata em casa com o Bahia: 1 a 1

Tricolor perde chance de ouro no Maracanã contra adversário direto na luta contra o rebaixamento; Scarpa fez o gol do time das Laranjeiras

Trio de Ferro sempre se interessou pelo camisa 10 tricolor (Foto: Mailson Santana - FFC)

Insosso, o Fluminense voltou a frustrar sua torcida num jogo em casa. Na tarde deste domingo, saiu atrás do Bahia e conseguiu apenas buscar o empate por 1 a 1. O calvário para não ser rebaixado à Série B do Brasileiro, então, continua. Tanto Flu quanto o time baiano, adversário direto, foram aos 39 pontos. Faltam oito em sete jogos. Edigar Junio marcou para os visitantes. Gustavo Scarpa fez o do Tricolor das Laranjeiras. No fim, o Bahia chegou a ter Matheus Salles expulso e nem assim o Fluminense foi capaz ganhar em casa.

Abel Braga, em entrevista recente, admitiu que seu time vinha dando mole no início das partidas, não entrando tão ligado. E não é que o Fluminense precisou de apenas dois minutos para deixar o Bahia sair na frente? Num bate-rebate no meio de campo, com a defesa alta, a bola sobrou para Zé Rafael deixar num só drible Richard e Douglas para trás, livrar-se de Reginaldo e deixar Edigar Junio na boa para marcar. Lamentável. Aí o nervosismo tomou conta da equipe. Marcos Júnior chegou a ter chance clara para empatar, mas isolou frente a frente com o goleiro Jean. O nervosismo, então, contagiou as arquibancadas.

 
 
 

Sornoza, pelo meio, e Marlon, pela esquerda, eram os que mostravam alguma capacidade na criação. Gustavo Scarpa tentava e também errava muito. Chegou a dar dois chutes sem força e passou a ser cobrado de forma mais forte pelos torcedores. E foi dele o empate. Após cruzamento de Marlon, dominou, tirou a marcação e bateu cruzado com a perna direita fazendo um bonito gol. Puto da vida com os apupos, nem chegou a comemorar e lançou um olhar de fúria aos que o vaiavam.

A igualdade deu moral ao Flu, que poderia até ter virado. Marlon se firmou como a principal opção ofensiva. Em novo cruzamento seu, Dourado cabeceou para bela defesa de Jean. O goleiro do Bahia ainda salvaria em nova finalização de fora da área de Scarpa. Se começou mal, o Tricolor das Laranjeiras, ao menos terminou o primeiro tempo jogando melhor.

O empate não estava bom e Abel tentou soluções para buscar a virada na etapa final. Tirou o pouco produtivo Marcos Júnior ainda no intervalo e lançou Wellington Silva. Depois deu azar. Ao sacar o volante Douglas para a entrada de Matheus Alessandro, viu seu escolhido ficar apenas dois minutos em campo, levar uma pancada forte nas costas e precisar sair. Aí foi a vez de Robinho entrar.

Com mais posse de bola, o Fluminense produzia muito pouco. Sornoza chegou a bater falta para mais uma boa intervenção de Jean. Wellington Silva finalizou por cima de fora da área. O Fluminense ainda ficaria com um a mais no fim quando Matheus Salles apelou numa falta em Marlon e foi expulso diretamente. Nem assim o Tricolor, em casa, conseguiu cumprir com sua obrigação de bater um adversário direto na luta contra o rebaixamento. Ao fim, justas vaias dos pouco mais de dez mil corajosos que saíram de casa para acompanhar esse bando de perto.

Na próxima quarta, o desafio é contra o Flamengo, pela Sul-Americana, mas com esse futebolzinho fica difícil acreditar que o Fluminense tenha força para inverter a desvantagem do jogo de ida no qual perdeu por 1 a 0 pelas quartas de final. Complicado…

O Fluminense jogou com Diego Cavalieri, Lucas, Gum, Reginaldo e Marlon; Richard, Douglas (Matheus Alessandro, 22 do 2ºT) (Robinho, 25 do 2ºT), Sornoza e Gustavo Scarpa; Marcos Júnior (Wellington Silva, intervalo) e Henrique Dourado.