Em algumas entrevistas coletivas, Abel Braga lembrou da perda de jogadores importantes ao longo do ano, seja por lesão ou transferência, caso de Richarlison. Por isso, cita que precisou formar várias equipes no período. Atualmente, o Fluminense é uma mescla de jogadores jovens, com apostas oriundas de outros clubes com jogadores cascudos. E uma nova forma de jogar.
– É um futebol diferente, não tão solto como era aquele (time do começo do ano). O momento não te dá essa liberdade. Na segunda equipe que formamos, éramos muito rápidos com Wellington e Richarlison. Agora é uma com mais posse e movimentação, mas com melhoras a todo jogo – afirmou Abel Braga.
A mudança começa no gol. Campeão brasileiro e carioca em 2012, Diego Cavalieri retomou a vaga e em cinco jogos, sofreu dois gols. Na zaga, Gum, um dos jogadores mais vitoriosos da história do Fluminense, ganhou a condição e forma dupla com Reginaldo que transmite maior segurança, especialmente nas bolas aéreas. O guerreiro tem 1,89m e Reginaldo, 1,93m.
Alteração também na lateral esquerda. Sai o contestado Léo, revelação de Xerém, entra Marlon, contratado por empréstimo ao Criciúma. Também menino – somente 20 anos -, vem se firmando na defesa e com precisão nos cruzamentos quando se lança ao ataque.
Outra mudança significativa está no meio-campo. Contratado por empréstimo ao Atibaia, Richard chegou sob desconfiança, mas assumiu a posição de primeiro volante. O Flu, consequentemente, melhorou nos desarmes, e sua zaga, hoje, está mais protegida.
A volta de Sornoza, de 23 anos, deu a qualidade e cadência que faltavam ao meio-campo. Embora jovem, tem experiência internacional. Foi vice-campeão da Libertadores do ano passado com o Independiente Del Valle e acumula algumas convocações pela seleção equatoriana.
Por fim, Marcos Júnior. O atacante, que foi muito aplaudido ao deixar o jogo contra o São Paulo no segundo tempo, tem feito um papel tático semelhante ao de Richarlison. Se falta a força ofensiva do atual jogador do Watford, vem compensando com disposição e toques mais rápidos.
– Marcos Junior tem sido de uma grande importância. Sempre falamos de um time muito jovem, o garoto tem um peso maior mental que o experiente. Tínhamos que recorrer a ele, ao Gum, Cavalieri… Aconteceu de forma surpreendente o Richard entrar na equipe e aumentar a força defensiva. O Marlon no Fla-Flu foi muito seguro defensivamente e ofensivamente – comentou Abelão.