A saída de Richarlison deixa saudades em muitos torcedores do Fluminense, assim como no técnico Abel Braga e nos jogadores. Um em especial sente a ausência do jovem: Henrique Dourado. Sem o atacante de velocidade, o Ceifador teve de passar por uma adaptação para continuar se tornando útil ao time.
Dourado está menos finalizador e mais coletivo. A mudança se tornou visível a partir do empate com o Bahia, pela 12ª rodada do Brasileiro — Richarlison ainda não havia se despedido do Fluminense, mas não jogou. Ficou ainda mais nítida após a saída do companheiro.
Antes da partida contra os baianos, no início de julho, o Ceifador registrava 2,8 finalizações (certas e erradas) por jogo no Brasileiro. Já do duelo em Salvador até a derrota para o Grêmio, em Porto Alegre, no domingo passado, a marca cai para 1,16. A média de gols — que, apesar de tudo, continuam saindo — também diminuiu: de 0,9 no primeiro período para 0,41 no segundo.
Em compensação, o atacante evoluiu em outros fundamentos. Como a transição da bola se tornou mais problemática para o Fluminense, Henrique Dourado saiu da área e passou a voltar para buscá-la. Com isso, tem deixado os companheiros na cara do gol com mais frequência. De quebra, ainda ajuda mais na marcação. A média de assistências para finalizações subiu de 0,8 para 0,92. Já a de rebatidas (quando o jogador afasta a bola) saltou de 0,5 para 1,58.