Abel Braga tem dificuldades para escalar o Fluminense desde o princípio de seu trabalho, em janeiro. Os problemas de ordem médica atrapalharam a repetição da escalação que agradou torcedores e a opinião pública no início do ano. Em longa análise sobre a fase do Tricolor, o treinador disse confiar em uma performance melhor, desde que consiga escalar o time titular que considera ideal.
– O Fluminense não teve condições de fazer um plantel. Você vê que temos usado atletas que estavam no Samorin. Por quê? Pois passa por uma situação muito difícil. É claro que, quando se tem jogadores de peso e que dão resposta dentro daquilo que se espera, especialmente em momentos piores e não diz respeito apenas ao resultado, é melhor. Tivemos alguns resultados que faltou em campo o jogador mais cascudo e mais malandro. Eram jogos em que a gente ganhava e deixou o adversário empatar. Tipo contra o Vitória. O difícil foi sair daquele primeiro tempo muito ruim, virar o jogo. E a gente tomou um gol daqueles aos 48. Isso que a gente tinha feito o segundo gol aos 42. Isso tudo tem um preço. Eu penso nisso, óbvio. Mas eu acho que tenho uma equipe, voltando esses jogadores e com mais ritmo. Há uma cobrança maior entre eles. Há claro a cobrança externa. A interna está voltando, coisa que não ocorria. Com o time ideal, escalação de cor, eu não acredito. Não estou afirmando. Mas eu não acredito que a gente tenha problema. A não ser que surjam outros problemas. O segundo turno, sempre, é mais difícil. Sempre há a queda. É só ver o Corinthians. É normal. O Palmeiras é um time que agora começou a crescer. Está com confiança. Mas veja quantas trocas foram feitas até o Cuca achar o time? O nosso é ao contrário, temos jogadores fora que formavam o time ideal. Vamos ter dois jogos complicados e importantes para ver o que vai acontecer. Eu penso, eu me preocupo, mas não levo essa preocupação aos jogadores. Cobro é performance melhor. O psicológico é fundamental. Temos uma maneira de atuar, não abdicamos dela. Claro que existem sistemas, características dos jogadores. É só ver a final da Guanabara. A gente encarou o Flamengo com o timaço. Com Wellington de um lado e Richarlison do outro. Com o meio com três, vazio. Encaramos. A maneira de jogar é a mesma. Agora, já não estamos correndo tanto. Baixa o rendimento, problema aqui e ali.