Pedro Antônio quebra o silêncio e revela último ato pelo Fluminense

Ex-dirigente conseguiu as licenças que faltava para obras das rua do CT

Responsável pela construção do Centro de Treinamentos do Fluminense, o empresário Pedro Antônio Ribeiro, que dá nome ao CT, quebrou o silêncio pouco menos de três meses após o seu desligamento do clube. Convidado a se retirar depois do presidente Pedro Abad ter alegado quebra de hierarquia, sobretudo com o tema envolvendo o erguimento de um estádio no Parque Olímpico, divulgado em primeira mão pelo NETFLU, o milionário revelou seu último ato pelo clube na atual gestão.

Em entrevista exclusiva ao site número 1 da torcida tricolor, o ex-vice de projetos especiais disse que, mesmo sem o Flu ter mantido contato após sua saída, conseguiu as licenças que faltavam para as obras na rua de acesso à área de atividades do Tricolor, na Barra da Tijuca.

 
 
 

– Apesar de ninguém da diretoria ter nunca mais me procurado desde a minha saída, eu entendo a importância da construção da rua e, para tal, a necessidade do devido licenciamento nos órgãos responsáveis para a fase de aterro. Independentemente de qualquer coisa, segui e conclui o licenciamento porque acredito ser o melhor para o clube, como sempre fiz. Seguirei na arquibancada torcendo para que as vitórias retornem – destacou.

A construção de um novo trajeto é tida como estratégica por conta da proximidade com a comunidade Cidade de Deus, existente no atual percusso para se chegar ao CT. Relatos de tiros e assaltos não são incomuns na região, o que já levou o Fluminense às páginas policiais algumas vezes desde a inauguração do centro de treinamentos, no dia 21 de julho de 2016, quando o clube completara 114 anos. Alguns atletas, inclusive, blindaram seus veículos na tentativa de evitarem o pior.

Batizada como Oscar Cox, nome do fundador do clube, a rua, porém, não tem data para sair do papel. Já com projeto finalizado e licença devidamente conquistada por Pedro Antônio junto à Prefeitura do Rio, o clube não tem previsão para o início dos trabalhos. Procurado pelo NETFLU, o Fluminense respondeu que “por considerar o assunto estratégico, não iria se posicionar”.

A via terá 1,1 km de extensão, com 60m de largura, passando ao lado do Departamento Nacional do Senac, atrás da Escola Sesc. Desta maneira, o espaço tricolor seria ligado definitivamente à Avenida Ayrton Senna, evitando trajeto que beira o início da CDD. Os investimentos podem variar de R$ 3 milhões a R$ 10 milhões.