Chefe da arbitragem do Rio é contra uso de árbitro de vídeo neste Brasileiro

Jorge Rabello não vê com bons olhos o imediatismo da implantação do recurso

A ideia da CBF de usar o árbitro de vídeo ainda neste Campeonato Brasileiro divide opiniões entre os clubes participantes e tem a resistência de gente como o presidente da Comissão de Arbitragem do Rio (Coaf), Jorge Rabello. Simpático à tecnologia, ele condena, porém, o imediatismo:

– O que me preocupa é essa postura reativa. As coisas só acontecem em função das crises e polêmicas. O lançamento dos árbitros adicionais já foi feito de forma açodada. Eles não estão treinados para a execução da função. Não basta jogar o cara atrás do gol. E agora, em uma competição que já passou da metade, resolve-se colocar os árbitros de vídeo. Vamos ter problemas com isso. Não adianta ter as melhores ferramentas à disposição, a melhor tecnologia do mundo, se no fim desse processo estão pessoas sem preparo – critica Rabello.

 
 
 

O chefe da arbitragem do Rio aponta ainda a falta de investimento das federações no pessoal do apito.

– Alguém deve ter coragem para dizer que a arbitragem brasileira é ruim. Temos 27 federações no país, mas somente três ou quatro investem na preparação dos seus árbitros. Isso fica visível no Brasileiro, quando são utilizados árbitros dessas 27 federações – questiona.