Anunciada a implementação do árbitro de vídeo, a CBF enfrenta sérias complicações técnicas e pode ter de adiar o sistema para o Campeonato Brasileiro. Neste momento, é improvável que seja utilizado o monitoramento por um juiz na rodada do próximo final de semana do torneio.
Desde o ano passado, a CBF vinha adiando a implementação do vídeo por economia. Após o gol de mão de Jô diante do Vasco, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, mandou acelerar para instalar o monitoramento por TV na próxima rodada. Só que a CBF não tinha feito todos os passos do processo para o sistema estar maduro.
“Claro que vamos pular algumas etapas, mas estamos tentando. E também só vamos implementar com a certeza de que não há problemas ou brechas. O presidente quer algo de excelência”, disse o chefe da arbitragem, Coronel Marinho, ao explicar a decisão de adotar o recurso.
Uma das complicações é a CBF arrumar equipamento para monitores e capacidade de voltar vídeos, além de locais para árbitros já para o final de semana. Conmebol e Fifa contrataram empresas com processos de concorrência com esse objetivo. A confederação tenta achar uma empresa que forneça os equipamentos com celeridade.
Outra questão é a utilização do sistema da Globo. A emissora está disposta a colaborar, mas discute como se dará o uso de suas imagens, o que não é tão simples. A CBF não tem condições de usar imagens próprias.
Por fim, a CBF tem que correr com o treinamento de árbitros para a rodada, já que são pelo menos dez por rodada. Apenas quatro – além de dois auxiliares – já passaram pelos cursos do sistema e protocolo da Fifa por meio da Conmebol.