A Primeira Liga corre sério risco de sumir do calendário brasileiro em 2018. A decisão ainda não está tomada, mas dentro da própria organização há pouca gente bancando a continuidade do torneio. Além das crises internas, a dificuldade com as datas surge como grande entrave para a sequência da disputa.
Já neste ano foi complicado organizar a Primeira Liga por conta das datas. Em 2018, com a Copa do Mundo, ficará ainda mais difícil.
A solução encontrada na atual temporada foi quebrar a competição: a fase de grupos foi no primeiro semestre e o mata-mata, no segundo, durante paralisação do Campeonato Brasileiro em virtude das Eliminatórias da Copa. A queda na média de público em comparação com o ano passado foi um indicativo importante do desagrado com tal hiato na disputa. Caiu de 12 mil pagantes para 7 mil.
Desde sua criação, a Liga teve divergências internas. Coritiba e Atlético-PR, fundadores, abandonaram e não jogaram neste ano. Há dentro do grupo mais sugestões para a descontinuidade. Os contratos comerciais vigentes não preveem pagamento de multa para nenhum dos lados caso a competição deixe de acontecer. Mais um facilitador para o seu fim.
O Fluminense venceu a edição inaugural, em 2016. Agora Londrina e Atlético-MG decidirão o segundo e, talvez, último campeão.