Misto do Flu faz jogo sofrível, perde para o Londrina e é eliminado da Primeira Liga

Tricolor não ameaçou o 13º colocado da Série B

Foto: Nelson Perez/FFC

O Fluminense jogou com uma equipe alternativa nesta quarta-feira, no Estádio do Café, e proporcionou um espetáculo de horror. Desfigurado, com várias improvisações, frágil na marcação e sem nenhuma criatividade, perdeu para o Londrina por 2 a 0, gols de Carlos Henrique, e deu adeus à briga pelo título do bicampeonato da Copa da Primeira Liga.

O primeiro tempo já preparava o tricolor. Só um torcedor muito abnegado para conseguir acompanhar atentamente os 45 minutos iniciais. Toques lateralizados, ausência de criatividade, poucas finalizações, cruzamentos errados…. Uma coisa assustadora!

 
 
 

A única chance do mistão do Fluminense foi com Henrique, de cabeça, em cobrança de escanteio. Só. O Londrina esbarrava em suas próprias limitações.

Abel escalou o time num 4-1-4-1. Marlon Freitas a frente da zaga e uma linha de meio-campo composta por Sornoza, pela direita, Wendel, pela esquerda, Marcos Júnior e Peu pelas pontas. Não funcionou.

Improvisado na lateral direita, Matheus Alessandro raramente foi acionado. Quando tinha a oportunidade de buscar a linha de fundo, se embolava com a bola. Na esquerda, Marlon até tinha um pouco mais de espaço, mas insistia em cruzar do bico da área e tocava muito para trás.

No meio, Wendel, sem ser brilhante, era o que ainda buscava uma arrancada, ou outra, um passe mais esticado. Muito recuado e sem ritmo, Sornoza não apareceu para o jogo e Marlon Freitas fazia o pára-brisas.

O ataque, letárgico. Marcos Júnior, que continua tendo chances infinitas, não dava sequência aos lances. Peu até se esforçava, mas não tem cacoete nenhum de atacante de beirada. E Pedro, centralizado, ficava plantado na frente da zaga adversário e encostou na bola pouquíssimas vezes.

E poderia piorar? Sim, senhor. Mesmo no marasmo que estava o confronto, o Londrina conseguiu abrir o placar. Falha de marcação no meio, Celsinho, comparado a Ronaldinho Gaúcho no início de carreira, achou Carlos Henrique. O centroavante colocou pé firme e ganhou de Júlio César na dividida. Gol escancarado e bola no fundo da rede.

Abel Braga mudou o Flu. Sacou Junior Sornoza e pôs Romarinho. Peu passou a jogar mais recuado, como meia. Nada mudou. O time carioca não conseguia incomodar os donos da casa.

O treinador tricolor, irritado com os vários erros de Matheus Alessandro, lançou Robert na meiúca, mas o futebol continuava desaparecido.

O Londrina, que explorava os contra-ataques, fez o segundo em novo erro de marcação. Batida de escanteio no primeiro pau, Germano, sozinho, cabeceia, Júlio César falha e Carlos Henrique, mais uma vez, amplia.

Com trocentas improvisações, Abel buscou o tudo ou nada com a entrada do meia Luquinhas na vaga de Marlon Freitas. Time desorganizado, desestruturado e sem a qualidade individual para decidir.

Derrota para o 13º colocado da Série B do Brasileirão, dono da quarta pior defesa da Segundona, e mais uma eliminação na temporada.

Escalação do Flu: Júlio César; Matheus Alessandro (Robert), Renato Chaves, Henrique e Marlon; Marlon Freitas (Luquinhas), Wendel e Sornoza (Romarinho); Marcos Júnior, Peu e Pedro.