O Fluminense terminou o primeiro turno do Campeonato Brasileiro com 26 pontos e em nono lugar na competição. Está a apenas dois do G6 (o Sport soma 28). O Corinthians, líder, tem 47. O portal do jornal Lance fez uma análise dos pontos positivos e negativos do Tricolor nesta primeira metade de competição.
São vistos como trunfos o ataque tricolor, a fábrica de talentos de Xerém e o técnico Abel Braga, entre outros. A defesa, o desempenho ruim em casa e a falta de peças de reposição, por outro lado, enfraquecem.
Confira os tópicos destacados pela reportagem do jornal Lance:
POSITIVOS:
– ATAQUE
Com 29 gols, o Fluminense terminou a primeira metade do Brasileirão como o quarto melhor ataque da competição, atrás de Corinthians (35), Grêmio (32) e Sport (30). O sucesso está no DNA ofensivo da equipe de Abel Braga e na fase do trio ofensivo. Henrique Dourado deu sequência ao ótimo ano e marcou 10 vezes em 15 partidas, brigando pela artilharia com Jô (11) e Lucca (10).
Mesmo sem viver seu melhor momento, Scarpa deu cinco assistências no 1º turno e balançou a rede adversária uma vez. Enquanto isso, Richarlison foi vendido há duas semanas, mas marcou cinco gols e deu três assistências.
– CRIAS DE XERÉM
A “Fábricas de Talentos” de Xerém está funcionando a todo vapor. A difícil situação financeira faz com que o clube das Laranjeiras tenha um elenco formado por jovens vindo das categorias de base. Atualmente, são 24 nomes revelados em Xerém à disposição de Abel Braga. Wendel, Marlon Freitas e Marcos Calazans, integrados ao elenco profissional em 2017, se destacaram.
– ABEL BRAGA
Com um elenco curto nas mãos, o técnico teve que arrumar solução atrás de solução ao ver vários de seus principais jogadores fora de combate por lesão. Foi assim com Scarpa, Sornoza, Douglas e Wellington Silva no Brasileirão. E, ainda assim, Abelão conseguiu manter o padrão do time, resistiu sem sofrer risco no cargo a uma sequência de oito rodadas com apenas uma vitória.
Na reta final, o treinador deu uma mostra gigante de força e carinho pelo clube, comandando o Tricolor dias após o falecimento de seu filho mais novo, João Pedro. O reconhecimento e a solidariedade veio nas partidas contra Sport, Atlético-GO e Ponte Preta, quando Abel Braga foi ovacionado pelas torcidas.
NEGATIVOS:
– DEFESA
Se a fase é boa lá na frente, lá atrás não é bem assim. Vazada em 17 das 19 rodadas do primeiro turno, o Fluminense tem a quinta defesa mais frágil do Brasileirão, com 27 gols sofridos. A bola aérea, que já se mostrava o ponto fraco do time no Estadual, segue sem solução por parte de Abel Braga. É verdade que o técnico, muitas vezes, teve que lançar garotos na zaga, como Reginaldo e Frazan, por conta das lesões de Renato Chaves e Nogueira.
– APROVEITAMENTO EM CASA
O Fluminense não está em uma posição mais confortável no Brasileiro por conta do aproveitamento ruim dentro de casa. Foram dez jogos: três vitórias, quatro empates e três derrotas. Alternando entre Maracanã e Giulite Coutinho, o Tricolor viveu uma sequência de sete rodadas como mandante sem vencer.
O aproveitamento do Flu no Rio de Janeiro foi apenas de 43,3% dos pontos.
– REPOSIÇÃO NO ELENCO
Não há Abel Braga que faça milagre com elenco tão curto. Rodada após rodada, o técnico do Fluminense tem perdido opções para a temporada. Na última semana, foram Richarlison, vendido para o Watford-ING, e Marcos Calazans, que vai operar o joelho esquerdo. Durante o Brasileirão, o treinador recebeu quatro reforços (Marlon, Luquinhas, Peu e Marlon Freitas), mas precisa de mais opções para o returno. A diretoria deseja contratar pelo menos um nome.