A delegação do Fluminense embarcou para Quito na manhã, ciente da dificuldade que é jogar na altitude. A vantagem obtida no Rio de Janeiro contra a Universidad Católica (EQU) – 4 a 0 – dá um certo conforto, mas a comissão técnica está atenta às dificuldades.
– Jogar com vantagem ajuda perfeitamente. A necessidade de construção do placar faz com que a exigência de alta intensidade seja maior, conforme nossas análises por GPS. Ter uma vantagem no placar é um fator que nos dá mais tranquilidade, pois acreditamos que os problemas sejam menores no dia do jogo”, disse Juliano Spineti, fisiologista do Fluminense, completando:
– Dois mil e oitocentos metros já é considerada alta altitude. Em decorrência disso a densidade de pressão atmosférica é menor e consequentemente a oferta de oxigênio também, cerca de 28% a menos do que ao nível do mar. Isso obviamente acarreta em modificação de performance. Há estudos que demonstram uma redução de 3 a 4% da distância total percorrida em times que não estão acostumados com essa altitude.
Contudo, chegar em Quito dias antes do duelo tem seu lado positivo, como relatou o preparador físico Manoel Santos.
– Ressalto a importância de termos pelo menos um treino na altitude, para analisar a velocidade de bola e a possibilidade de pequena falta de ar ou não. Isso já gera uma adaptação para a partida de quarta-feira. Não há muito o que fazer em relação a preparação, tendo em vista o calendário super apertado que temos, já que jogamos no domingo e viajamos nesta segunda, a não ser ter uma adaptação de pré-jogo na altitude. Sono, hidratação e alimentação, recomendações básicas, vão seguir normalmente.