Transcorrido já um terço do Brasileirão, é preciso olhar o desempenho do Fluminense, oitavo colocado, sob uma perspectiva mais abrangente.

Antes de a temporada começar, muitos torcedores – entre os quais, este colunista – acreditavam que, diante da falta de reforços, o time entraria como azarão no Campeonato Estadual e, no Brasileiro, a luta seria contra o descenso.

 
 
 

Pois bem, ao término do primeiro semestre, o Fluminense não apenas tem o melhor ataque do país como levantou a Taça Guanabara e foi finalista de um Estadual que só não ganhou porque o juiz ignorou um golpe de MMA de Réver em Henrique na finalíssima.

Além disso, o Tricolor avançou até a quinta fase da Copa do Brasil, parado apenas por um dos favoritos, o Grêmio, está com a vaga para a terceira fase da Sul-Americana muito bem encaminhada e é o terceiro time que menos sofreu derrotas no Brasileirão, competição em que está apenas a um ponto do sexto colocado, o Sport.

Tudo isso com uma folha rasa e um dos elencos mais jovens das últimas décadas.

Com 17 pontos, o time mantém uma invencibilidade de seis jogos (incluindo a goleada sobre a LaU, do Equador, pela Sul-Americana) e cumpre campanha das mais dignas para um elenco tão pouco rodado.

Não é exagero dizer que o Fluminense, em 2017, disputa a categoria profissional do Campeonato Brasileiro com um time de juniores.

Por isso tudo, pego-me, por ora, satisfeito com o trabalho de renovação do clube e vejo como muito natural as oscilações e alternâncias que a equipe apresenta e apresentará até o término da temporada.

Até mesmo os jogadores que estão sendo vendidos – casos de Léo e, provavelmente, Calazans – ocupam setores do campo em que há reposição (o Flu já conta com Mascarenhas e trouxe ainda Marlon para a lateral esquerda; no ataque, há pelo menos três outras opções).

A realidade tricolor não chega a ser propriamente doce, mas acima da expectativa geral.

O trabalho é bom e a capacidade da garotada lapidada por Abel, alta.

Mesmo sangrando financeiramente, o Tricolor, escorado em seu gigantismo, se reinventa e, renovado, renasce com sorriso juvenil.

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Leia também “Invicto, mas sem axé em Salvador”, deste colunista, no Blog Terno e Gravatinha: http://blogternoegravatinha.com/

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