Branco viveu situação semelhante à de Conca ao defender o Flamengo mesmo sendo ídolo no Fluminense (Foto: Ivo Gonzalez - Arquivo Extra)

Antes ídolo no Fluminense, onde foi campeão brasileiro e craque da competição em 2010, Conca agora enfrenta a ira dos torcedores tricolores para defender o Flamengo. Mas ele não foi o primeiro e dificilmente será o último a viver tal situação no futebol carioca. Outros “vira-casacas” relataram como foram suas experiências.

Um deles foi Branco. O ex-lateral-esquerdo tem status de ídolo no Fluminense, onde conquistou o Brasileirão de 1984. Em 1995, defendeu o Flamengo, vice-campeão carioca diante do Tricolor no famoso gol de barriga de Renato Gaúcho.

 
 
 

– É uma história parecida com a minha. Conca teve sucesso pra caramba no Fluminense. Agora, está no Flamengo. Quando eu fui, Romário tinha sido contratado e o Kleber Leite (então presidente) me fez o convite. Eu queria vir para o Rio. Sorte que a torcida tricolor nem pegou no meu pé. Apenas gritava: “Eô, eô, o Branco é tricolor” – recorda.

Quem também passou por situação parecida foi Mauro Galvão. O zagueiro defendeu Botafogo e Vasco no Rio, além de Grêmio e Internacional no Rio Grande do Sul.

– Foi difícil para mim. A torcida sempre sente muito. Mas o que atenuou um pouco foi o intervalo longo entre minha passagem por um clube rival e outro. Não saí do Inter para o Grêmio. Nem do Botafogo para o Vasco – lembra.

Já o ex-atacante Bebeto teve de passar por uma situação ainda mais complicada ao trocar diretamente o Flamengo pelo Vasco.

– Foi difícil para mim. O Flamengo sempre foi minha casa. Do outro lado, estava meu ídolo, Zico, meu espelho. Foi aquela confusão toda… É muito triste ser xingado pela torcida que sempre te aplaudiu. As pessoas não entendem, mas eu fiz de tudo para renovar com o Flamengo pela metade. Mas o então presidente Gilberto Cardoso Filho foi mal… Meu passe foi para a Federação – contou.