Dois empresários brigam pela representação de Richarlison. Um terceiro, sócio de um deles, tem dinheiro a receber do Fluminense. E, em meio a tudo isso, o Palmeiras fez uma oferta de 11 milhões de euros (R$ 40 milhões) pelo atacante. Os bastidores da recusa do jogador em viajar a São Paulo, na manhã desta sexta-feira, oficializada em conversa com Abel Braga no CT, tumultuaram uma negociação que começou na terça. O fato principal: o jovem de 20 anos entende que é cedo se transferir para a Europa e viu no interesse alviverde uma maneira de valorização sem prejudicar o Tricolor.
O Flu comprou 50% dos direitos de Richarlison por R$ 10 milhões em janeiro de 2016. O negócio com o América-MG teve ajuda financeira do empresário Giuliano Bertolucci. O time mineiro manteve 30% do atleta. O restante dos direitos é da empresa de Luciano Martins, outro empresário. Ele tem participação desde a época de Richarlison no Coelho. Arrumou apartamento para ele em Belo Horizonte, a primeira vez em que não morou em concentração de clube. Neste época, Renato, então sócio de Luciano, ficou responsavel por cuidar de Richarlison. Os agentes brigaram, terminaram a parceria. A disputa pela representação começou.
– Eu sou o representante legal do Richarlison. Renato (Velasco) não o é. Como mora no Rio, ficou mais próximo do jogador e fez a cabeça dele. Eu gosto muito do Richarlison e tenho certeza de que a situação será resolvida. O que não pode é ele sair prejudicado e tampouco o Fluminense – afirmou Luciano, que alegou ter contrato com o atleta vai até 2020.