Nobres tricolores,
sábado é dia de clássico. Poderia ser domingo, às 17h, no Maracanã. Que saudade! Mas lá vamos nós para o terceiro Fluminense x Vasco no ano. No somatório, 6 a 0. Buscando ampliar o placar geral, Abel Braga acerta na provável escalação.
Orejuela, Wendel, Douglas e Gustavo Scarpa. Uma meiúca jovem. Que prima pela agilidade, sobretudo, qualidade na saída de bola e transição da defesa para o ataque. Um 4-1-4-1 que se faz necessário para o momento, variando para o clássico 4-4-2.
Orejuela não é um grande marcador. Nem Wendel, muito menos Douglas. Por isso, a trinca pode funcionar. Não existe um camisa 5 nessa equipe, embora tenhamos dois no elenco. Os jovens meias com sua capacidade mediana de proteção à zaga, mas de manutenção de posse de bola ímpar poderão trazer aquilo que mais necessitamos: regularidade.
O Fluminense oscila muito. Dentro das próprias partidas. Começa mal, depois melhora, torna a involuir e termina os jogos no limite. Fruto da imaturidade? Impossível negar. Mas há um quê de deficiência tática que se resolve com uma boa troca de ideias.
Richarlison é um dos que mais carece de orientação. Tem velocidade, sabe usar bem o corpo, mas erra em demasia na tomada de decisões. Sem dúvida, um atacante corajoso. Atua na vertical, parte para cima. Mas nem sempre uma partida de futebol pede aceleração constante. Faz bem olhar para os lados, voltar o jogo, girar a bola. Uma consciência que se adquire ao longo do tempo.
Mas com três volantes/meias na retaguarda, a carreta desgovernada poderá tomar seu rumo com mais tranquilidade. E ainda sem ter de dar marcha ré toda vez para acompanhar lateral.
Gustavo Scarpa também sai beneficiado na história. Precisa de ritmo de jogo, devido aos três meses fora das batalhas. Tendo suporte, tanto das laterais como dos atletas de meio-campo, poderá ficar livre para criar e abastecer Henrique Dourado.
Em suma, um esquema que tem tudo para dar certo. Não significará que dará. O Vasco poderá encaixar um jogo que deixe nossa equipe em apuros. Válvula de escape só teremos com Richarlison, afinal. O trunfo é a retenção de bola. Quanto mais a tem, menos chances de o adversário de atacar.
A dúvida é conferir se a expectativa de a pelota ser bem tratada com objetividade como preconizo será observada na prática. Do contrário, Calazans e jogo pelas pontas. Só. O trio MMM (Marquinho, Maranhão e Marcos Júnior) dá calafrios!
Fico na torcida. Não temos elenco, ora pois. Sem dinheiro, sem reforços e sem ambição da diretoria, Abel precisa buscar soluções dentro do limitado plantel.
– Já falei que Wendel é a melhor revelação de Xerém desde Marcelo?
– Mantenho a opinião de que temos um bom time titular, competitivo
– Já o elenco…
– Preocupante, mas previsível a coletiva da cúpula do futebol
– Se a coisa começar a “babar”, teremos a base e Samorin para resolver
– Apostar que garotos e atletas do 4º colocado da Segundona da Eslováquia serão as soluções…
– “Não tem dinheiro, cara. Não tem dinheiro”. O desafio é buscá-lo, ora.
– São dois anos sem patrocínio master. O único dos 12 grandes. Que vergonha!
– Palpite: 3 a 1. Eles abrem o placar. Só pra dar um gostinho…
Um grande abraço e saudações!
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