Foto: Nel

O Fluminense pagou pelo péssimo primeiro tempo no jogo de ida e não conseguiu seu 32º título estadual. Neste domingo, a equipe foi melhor do que o Flamengo, abriu o placar, teve a chance de ampliar, mas os erros individuais pesaram, aliados à inexperiência e falta de um banco de reservas qualificado. O rival venceu por 2 a 1, de virada. Os gols foram marcados por Henrique Dourado, Guerrero e Rodinei.

Um começo a 300 por hora do Fluminense. Marcação alta, jogadores muito ligados e o fim da vantagem rubro-negra logo aos três minutos. Renato Chaves, o vilão da semana passada, desviou, e Henrique Dourado, de cabeça, empurrou para a rede.

 
 
 

Na sequência, o Flamengo tomou a iniciativa. O Tricolor, seja pela imposição do rival, ou por estratégia de Abel Braga, explorava os contra-ataques. Que raramente surgiam. A equipe do técnico Zé Ricardo chegou a ter 70% de posse de bola, mas não encontrava vida fácil.

A defesa, tanto os laterais, quanto os zagueiros, estiveram impecáveis no primeiro tempo. Ao contrário do domingo passado, foi Henrique quem vigiou de perto Guerrero, que não se criou. Seu companheiro não ficou atrás. Perfeito nos desarmes, seguro e bem posicionado,  Renato Chaves não deixou o time do Flamengo acordar sua torcida, grande, porém calada.

Chance de gol do rival só com Everton, em defesa de Cavalieri. Se sobrou aplicação na marcação, faltou mais toque de bola. Sornoza, apagado, e Wellington Silva, muito individualista, poderiam ter tornado o Flu mais perigoso. Orejuela e Wendel, presos no combate, também não saíam de trás. Richarlison foi o cara do escape e perturbou o lateral Pará.

No fim do primeiro tempo, o Flu teve ótima oportunidade com Wellington. A bola só não encontrou o gol, porque a finalização parou na zaga flamenguista. O grito de “Seremos campeões” da torcida tricolor, em minoria, mas silenciando a massa rubro-negra, deu o tom dos 45 minutos iniciais.

No segundo tempo, papeis invertidos. O Fluminense passou a ter o domínio e o Flamengo, talvez desgastado pelo jogo do meio de semana pela Libertadores, esperava. O Tricolor teve oportunidades de ampliar. Faltou aquele capricho no último passe. Sornoza obrigou Muralha e espalmar para escanteio e a pressão do time do Abelão continuou.

Quando o Flu era melhor na partida, o rival, no finzinho, acha um gol. Réver empurrou Henrique, o árbitro nada marcou, e testou. Cavalieri falhou e Guerrero finalizou para o gol. O árbitro fez vista grossa e a nação de mudos saiu da zona de conforto.

Abel foi com tudo e trocou Richarlison e Alguém por Marcos Júnior e Pedro. Era tudo ou nada. Infelizmente, nada. Cavalieri ainda foi expulso e o Fla, com Orejuela no gol, virou. Um golpe duro para o time que foi melhor hoje. Pagamos pelo péssimo primeiro tempo no jogo de ida.