Técnico trouxe alma para o Fluminense (Foto: Nelson Perez/FFC)

De desacreditado a time que, para muitos especialistas, joga o melhor futebol no Brasil nesta temporada. O Fluminense que entra em campo neste domingo superou a desconfiança da torcida e de todos aqueles que não projetavam um ano muito diferente de 2016. O site Globoesporte.com listou cinco muitos que ajudam a explicar como esse Tricolor do Abel se transformou.

Um nome e nove letras: Abel Braga
Abel simboliza bem a trajetória desse novo Fluminense. Aos 64 anos, já foi tido como um técnico ultrapassado. Mas se reinventou e montou um time moderno. Identificado com o clube, Abelão é mais do que um simples comandante. Ele é um defensor do Tricolor dentro e fora de campo. Esse jeitão de jogar junto conquistou o elenco. E tem refletido nos resultados até agora. Em 26 jogos, 15 vitórias, 55 gols marcados e apenas cinco derrotas.

 
 
 

Certeiro no mercado
A situação financeira do Fluminense não é boa, e todo mundo sabe. São quase quatro meses de direito de imagem em atraso – a diretoria espera quitar tudo ainda em maio. Mas além de os jogadores não externarem qualquer tipo de insatisfação, o clube ainda foi certeiro em suas contratações. Foram apenas três: os equatorianos Orejuela e Sornoza, que assinaram ainda em 2016, e o lateral-direito Lucas. Todos são titulares absolutos.

Velocidade, movimentação e intensidade
O atual time do Fluminense pode ser resumido por esses três pilares. Sem falar na juventude. A média de idade do time titular no Fla-Flu decisivo é de 24,9 anos apenas. Apenas o goleiro Diego Cavalieri e o zagueiro Henrique já chegaram na casa dos 30 anos. Apesar dos poucos reforços, são sete mudanças em relação ao time que terminou jogando a temporada 2016. E apenas uma foi por necessidade: a saída de Gustavo Scarpa por lesão. Seja por necessidade financeira ou por conceito, a nova filosofia do clube tem dado resultado nos primeiros meses da gestão Pedro Abad.

Richarlison e Wellington Silva versão 2017
Se Abel representa a mudança de postura fora de campo, Richarlison e Wellington Silva representam a mudança de rendimento dentro dele. Os dois evoluíram muito em relação a 2016 e se tornaram peças-chaves do time titular. O primeiro não deixou a torcida sentir falta de Scarpa e já marcou nove vezes no ano, sendo oito no estadual. Luta até pela artilharia do Carioca com Guerrero, que tem 9. Já Wellington deixou de ser apenas veloz e se tornou produtivo para o time.

A força de Xerém = Wendel
Em um momento de dificuldade financeira, a base se faz ainda mais necessária. E Xerém foi parte ativa da reconstrução da alma do Fluminense nos últimos cinco meses. Atualmente, três jogadores da base são titulares, cada um com sua história. Léo acabou de voltar de empréstimo; Wellington teve sua experiência na Europa e voltou para ajudar; Wendel estava nos juniores até janeiro e já caiu nas graças da torcida. O volante, aliás, é a representação perfeita da importância de Xerém. Passou de desconhecido da torcida a peça importante do time em pouco tempo.