O balanço financeiro de 2016 publicado pelo Fluminense no fim de março apontou superávit, mas uma situação preocupante. As receitas diminuíram e as dívidas aumentaram. No futebol, carro-chefe do clube, houve um aumento de 48% na despesa e de 112% com empréstimos a fim de finalizar contratações.
Em 2015, o clube pegou R$ 38,3 milhões em empréstimos. No ano passado, esse número chegou a R$ 81,5 milhões.
O superitendende de crédito do Itau BBA, Cesar Grafietti, entende que estes dados mostram a real situação do clube. Ao analisar a situação, excluindo as receitas extraordinárias, ele afirma que a entrada de dinheiro cresceu apenas 7%. Mesmo assim, com o dinheiro da TV e da venda de Gerson, o clube investiu muito, especialmente no futebol, um aumento de quase 50%.
– O dinheiro extra foi investido em contratações, se aumentou a folha, mas a receita do dia a dia não dá conta. Por isso, os empréstimos foram a solução, e a dívida bancária cresceu para fechar a conta – detalha o superintendente de crédito.